O contingente de tropas da OTAN, instaladas perto das fronteiras russas desde 2012, cresceu de 10 para 40 mil oficiais. Foi isso que o Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou nesta sexta-feira (22), durante encontro do Ministério da Defesa com a participação do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Sputnik
Durante encontro, Sergei Shoigu indicou que o sistema antimíssil dos EUA na Europa atingiu o nível de "prontidão operacional inicial". Nos últimos cinco anos, o número de oficiais instalados perto das fronteiras da Rússia cresceu quatro vezes, de 10 mil para 40 mil.
Blindados da OTAN na Letônia, próximo a fronteira com a Rússia © AP Photo/ Mindaugas Kulbis |
"Nos países bálticos a na Polônia, estão instalados quatro grupos táticos, brigada blindada do exército dos EUA, sede da divisão multinacional da OTAN na Polônia e na Romênia", adicionou.
O ministro adicionou também que os países da OTAN vêm intensificando suas operações de vigilância perto da Rússia. “Nós decididamente impedimos quaisquer tentativas de violar as fronteiras aéreas e navais”, frisou Shoigu.
Além disso, o ministro afirmou que o exército russo é compacto e móvel, não "brande armas". Ao mesmo tempo, ele aconselhou que não testem capacidade de combate da Rússia.
"Hoje em dia o exército russo é moderno, móvel, compacto e possui alto poder de combate. Não brandimos armas e não desejamos entrar em guerra com ninguém. Ao mesmo tempo, não aconselhamos testas nossa defesa", advertiu Sergei Shoigu.
O ministro acrescentou que os militares russos estão determinados a manter o ritmo de modernização acelerado e aquisição de novo equipamento também no ano que vem. As Forças Armadas russas vão receber dez sistemas de defesa antimíssil S-400 e pôr em serviço 11 sistemas de mísseis Yars.
"A porcentagem de armas modernas no exército russo deve crescer 61% até o fim de 2018, inclusive 82% em forças nucleares estratégicas, 46% em tropas terrestres, 74% na Força Aeroespacial, 55% na Marinha."
As relações entre a Rússia e a OTAN vêm piorando significativamente desde 2014, quando a Aliança decidiu suspender a cooperação com Moscou devido à crise ucraniana desencadeada após o golpe de Estado em Kiev.