A República Islâmica do Irã, condenou energicamente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transferir a embaixada do seu país de Tel Aviv para Jerusalém e pediu à comunidade internacional para impedir a aplicação dessa decisão.
EFE
O conselheiro em assuntos internacionais do líder supremo iraniano, Ali Akbar Velayati, disse hoje que com esta decisão "imprudente", Trump ignora o direito histórico do povo palestino e é "uma clara violação das resoluções internacionais", informou a agência oficial iraniana de notícias "Irna".
O conselheiro em assuntos internacionais do líder supremo iraniano, Ali Akbar Velayati. EFE/Nabil Mounzer |
Velayati qualificou Trump de pessoa "instável e inconsciente em questões políticas e históricas", e assegurou que Jerusalém "vai continuar pertencendo aos palestinos".
"Donald Trump fala da adesão aos compromissos pelo governo dos EUA como via de paz, enquanto numa medida inclinada anuncia Jerusalém como a capital do regime sionista ocupante e assassino de crianças", criticou Velayati.
O Ministério de Assuntos Exteriores iraniano em comunicado emitido ontem à noite condenou "energicamente esta medida dos EUA" e pediu à comunidade internacional, aos países influentes e sobretudo aos islâmicos que impeçam a aplicação desta medida que "somente beneficia o regime sionista".
A nota ressaltou que "o principal motivo do colapso da estabilidade e segurança no Oriente Médio é a continuidade da ocupação".
Com o armistício de 1949, que pôs fim à Guerra árabe-israelense, a cidade santa ficou dividida: Jerusalém Oriental - com a Cidade Velha e os lugares sagrados - sob administração da Jordânia e o Jerusalém Ocidental, sob controle de Israel.
Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou Jerusalém Oriental (assim como Cisjordânia, Gaza, Sinai egípcio e as Colinas de Golã sírias), um avanço ao qual a ONU reagiu com a resolução 2253, que declarou ilegais todas as atividades de Israel na parte oriental e reivindicou que cessassem imediatamente.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do seu futuro Estado independente.