O movimento islamita Hamas pediu nesta sexta-feira que o mundo "assedie" as embaixadas dos Estados Unidos no mundo todo em represália ao reconhecimento por parte do presidente Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel.
EFE
"Chamamos o povo livre do mundo a assediar as embaixadas dos EUA no mundo todo, até que Trump retire sua declaração", afirmou hoje o vice-chefe do movimento na Cidade de Gaza, Khalil al Hayah.
EFE/Abed Al Hashlamoun |
"A nossa revolução na Palestina e no exterior não cessará até que retifique sua declaração", insistiu.
Trump anunciou no último dia 6, em discurso televisionado desde a Casa Branca, sua decisão de transferir a Embaixada americana de Tel Aviv a Jerusalém, que foi seguida por protestos na região além da rejeição diplomática de múltiplos países.
"A decisão será confrontada com a unidade e com a luta de nossos jovens contra as forças da ocupação em todos os territórios palestinos", prometeu o dirigente islamita.
Hoje foi convocada uma nova jornada de protestos e ocorreram pequenos confrontos em Jerusalém com a polícia.
Apesar de as manifestações palestinas se repetirem quase diariamente, a intensidade foi menor do que em crises passadas e não se pode dizer que as chamadas a uma Terceira Intifada do líder do Hamas, Ismail Haniya, tenham tomado forma no terreno.
Mesmo assim, o aumento da tensão e os confrontos com as forças de segurança israelenses provocaram dois mortos (em Gaza) e 500 feridos.
Além disso, neste período, milicianos em Gaza lançaram mais de 15 projéteis contra Israel, quatro dos quais foram interceptados, outros oito caíram em solo israelense sem provocar vítimas e um número indeterminado caíram na Faixa de Gaza.
Estes provocaram a resposta de bombardeios do Exército, nos quais dois palestinos morreram.