Forças da segurança da República Democrática do Congo mataram ao menos sete pessoas neste domingo durante protestos contra a recusa do presidente Joseph Kabila em deixar o cargo, de acordo com a política e grupos de direitos humanos.
Por Aaron Ross | Reuters
KINSHASA (Reuters) - Três pessoas foram mortas em discussões com as forças de segurança na capital, Kinshasa, disse o porta-voz da política, Pierrot Mwanamputu.
Veículo de patrulha em Kinshasa | Junior D. KANNAH / AFP |
Ativistas católicos haviam convocado os protestos após a missa deste domingo, um ano após Kabila se comprometer a realizar uma eleição para escolher seu sucessor até o final de 2017 –-uma eleição que agora foi adiada até dezembro de 2018.
O adiamento alimentou suspeitas de que Kabila tentará eliminar limites constitucionais de mandato que o proíbem de concorrer novamente. Isso por sua vez aumentou temores de que o país volte ao tipo de guerra civil que matou milhões na virada do século.
Florence Marchal, porta-voz da missão de paz da ONU no Congo, disse que forças de segurança haviam matado a tiros pelo menos sete pessoas em Kinshasa. Outra pessoas foi morta em um protesto na cidade de Kananga, diss ela, embora a causa da morte ainda não esteja clara.
Observadores da ONU documentaram ao menos 123 prisões no país, acrescentou Marchal.
A polícia proibiu manifestações e disse que todas os encontros de mais de cinco pessoas serão dispersados para garantir ordem pública. Em Kinshasa, a polícia e soldados realizaram buscas em veículos e checaram identidades de passageiros.