O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou Israel, chamando o país de "Estado terrorista". O líder turco também prometeu usar "todos os meios" para lutar contra o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, segundo informa o RT.
Sputnik
"A Palestina é uma vítima inocente […] e Israel é um Estado terrorista […] Não deixaremos Jerusalém à mercê de um Estado que mata crianças", disse Erdogan em uma reunião no domingo (10) do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), governista, realizada na cidade turca de Sivas.
Manifestantes em Istambul com bandeiras turcas e palestinas protestando contra o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel © REUTERS/ Osman Orsal |
O líder turco afirmou que Israel é um "Estado opressor" e qualificou de "desproporcionada" a resposta da polícia e das Forças Armadas israelenses aos protestos em Jerusalém e Cisjordânia, que já causaram várias mortes e mais de mil feridos. No sábado (9), as forças de segurança israelenses utilizaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água contra os manifestantes.
"Os EUA ignoraram a resolução do Conselho de Segurança da ONU de 1980 em relação a Jerusalém que os próprios EUA assinaram […] Um sistema em que se considera que o mais forte tem razão não pode criar justiça, paz e estabilidade", afirmou Erdogan, citado pelo RT, acrescentando que a posição dos EUA poderá provocar mais tragédias.
Em resposta às afirmações de Erdogan, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou que não está "acostumado a receber lições de moralidade de um líder que bombardeia povoações curdas na Turquia e prende jornalistas".
O reconhecimento de Jerusalém por parte dos EUA causou uma onda de protestos e indignação, tendo sido condenado não apenas por países que se opõem à política exterior norte-americana, mas também por aliados tradicionais de Washington no Oriente Médio e por muitos outros países. A Liga Árabe e o Conselho de Segurança da ONU também condenaram a decisão.