A Coreia do Norte afirmou que as ameaças dos EUA e sua política na região provocaram o último lançamento de míssil por Pyongyang, disse o vice-presidente do Comitê de Relações Exteriores da câmara baixa russa, Aleksey Chepa, que visitou a capital norte-coreana.
Sputnik
"A Coreia do Norte justificou [o lançamento de míssil] em primeiro lugar com as seguidas ameaças dos Estados Unidos", disse Chepa à agência Sputnik.
Porta-aviões dos EUA USS Carl Vinson em exercício militar com a Coreia do Sul © REUTERS/ Yonhap |
O deputado avaliou que durante os 75 dias após o lançamento anterior de míssil norte-coreano, os EUA ampliaram a sua presença militar na região.
"São alguns porta-aviões, cerca de 300 aeronaves e milhares de militares, que atuam com apoio da Coreia do Sul e do Japão", explicou Chepa.
O parlamentar fez parte de uma delegação oficial da Duma russa, que visitou Pyongyang entre os dias 27 de novembro e 1 de dezembro.
Um dos coordenadores do grupo parlamentar russo, Kazbek Taisaev, acrescentou aos jornalistas que a Coreia do Norte somente confia na Rússia para iniciar as possíveis negociações de normalização da crise na região.
No entanto, os parlamentares russos condenaram o lançamento de míssil por Pyongyang e manifestaram a esperança de que a comunidade internacional encontre uma solução para a crise na península da Coreia.
No dia 29 de novembro, Coreia do Norte anunciou ter lançado com sucesso um novo tipo de míssil balístico intercontinental.