A China expressou preocupação nesta quarta-feira com a suposta intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada dos EUA para a cidade, dizendo que a decisão pode desencadear hostilidades.
Michael Martina | Reuters
PEQUIM - Autoridades dos EUA disseram na terça-feira que Trump irá reconhecer Jerusalém como capital israelense nesta quarta-feira e iniciar o processo de transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para a cidade, em uma decisão que pode aprofundar a violência no Oriente Médio.
Jerusalém | Reprodução |
O apoio à reivindicação de Israel por todo o território de Jerusalém como sua capital reverteria políticas de longa data dos EUA segundo as quais o status da cidade precisa ser decidido em negociação com os palestinos, que querem Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse em coletiva de imprensa que o status de Jerusalém é uma questão complicada e sensível e que a China está preocupada que a decisão dos EUA “possa acentuar o conflito regional”.
“Todas as partes devem fazer mais pela paz e tranquilidade da região, agir cautelosamente, e evitar afetar os fundamentos para a solução da questão palestina de longa data e iniciar novas hostilidades na região”, disse Geng.