Em 13 de dezembro, um caça norte-americano F-22 simulou um ataque e realizou manobras perigosas perto de aviões militares russos no espaço aéreo da Síria.
Sputnik
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia e primeiro vice-ministro da Defesa, general Valery Gerasimov, relatou os detalhes do incidente e o comportamento dos pilotos das forças da coalizão internacional encabeçada por Washington.
F-22 Raptor © REUTERS/ Toby Melville |
À medida que as tropas do governo sírio se aproximavam do rio Eufrates, no leste da Síria, a Rússia e os EUA delimitaram suas áreas operacionais separadas.
Os territórios para oeste do rio faziam parte da "zona russa", enquanto a área para leste do Eufrates estava incluída na zona submetida ao controle aéreo da coalizão.
"Foi planejado que [uma parte da] área ao leste do Eufrates seria usada tanto pela Força Aeroespacial russa quanto pela aviação da coalizão. E não havia problemas. Mas uma situação pouco agradável se deu em 13 de dezembro", contou Gerasimov ao jornal russo Komsomolskaya Pravda.
Em outras palavras, houve um incidente na área, precisa o general.
"Dois aviões Su-25 da Força Aeroespacial da Rússia estavam realizando missões de reconhecimento e busca na parte ocidental do vale do Eufrates. Ninguém se meteu no leste. Na mesma área, havia outro Su-35 russo. Um avião estadunidense F-22 saiu da parte oriental, simulou um ataque e disparou contramedidas térmicas. Ele estava voando a grande altitude, mas depois desceu bruscamente. Estava a menos de 100 metros dos nossos aviões. Isso representava um perigo real. O Su-35 se aproximou. Naquele momento, o F-22 começou imediatamente a voltar para sua zona. O Su-35 regressou à sua missão. Passados uns 20 minutos o mesmo F-22 apareceu de novo… […] Aquele americano estava travando um jogo perigoso", descreveu o militar.