A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou na terça-feira a favor de uma redução significativa da ajuda anual de 300 milhões de dólares à Autoridade Palestina a menos que esta adote medidas para parar o que parlamentares descreveram como pagamentos que recompensam crimes violentos.
Por Patricia Zengerle | Reuters
WASHINGTON - A Câmara realizou uma votação oral da Lei Force Taylor, batizada em homenagem a um veterano militar norte-americano de 29 anos morto a facadas por um palestino durante uma visita a Israel no ano passado.
Capitólio, em Washington, EUA | Reprodução |
A medida almeja impedir que os palestinos paguem estipêndios conhecidos como “pagamentos dos mártires” a familiares de militantes mortos ou presos pelas autoridades israelenses, cujos valores podem chegar a 3.500 dólares por mês.
“Este sistema ‘pague para matar’ perverso usa uma escala descendente. Quanto maior a pena de prisão, maior a recompensa. Os maiores pagamentos vão àqueles que cumprem prisão perpétua -- àqueles que se mostram mais brutais”, disse o deputado republicano Ed Royce, presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara, antes da votação.
O assassino de Force foi morto pela polícia israelense, e sua família recebe o pagamento mensal.
Para se tornar lei, a medida também tem que ser aprovada pelo Senado e ser sancionada pelo presidente Donald Trump. Uma legislação semelhante foi aprovada por dois comitês do Senado, mas não se informou de imediato quando o Senado pode votar o projeto.
Sua aprovação refletiu um forte sentimento pró-Israel em Washington. Também na terça-feira, Trump disse a líderes árabes e israelenses que pretende transferir a embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém.