As negociações visando pôr um termo ao conflito na Síria retomaram na terça-feira em Genebra, na Suiça, sob a égide da ONU . Em posição de força, graças às suas recentes vitórias militares, o poder de Damasco deu a conhecer aos opositores e às Nações Unidas que não vai tolerar discussões sobre a futuro político de Bashar al-Assad. Os Estados Unidos e os seus aliados têm proclamado o afastamento de Al-Assad.
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A nova ronda de negociações para pôr um fim ao conflito sírio, retomou nesta terça-feira em Genebra,sob a direcção das Nações Unidas, mas sem a presença dos representantes do governo de Damasco. Este último considerou que o futuro político do Presidente Bashar al-Assad não deve ser incluído na agenda negocial. Observadores, afirmam que a ausência dos negociadores do poder sírio representa mais um golpe para as discussões, que após sete encontros não registaram nenhum progresso.
Nasr al-Hariri, representante da oposição síria na retoma das negociações de paz em Genebra. 27 de Novembro de 2017 | REUTERS/Denis Balibouse |
Pela primeira vez unida, desde que tiveram início as negociações, a oposição síria vai reunir-se com o mediador da ONU, Staffan Mistura. O chefe da delegação dos oponentes , Nasr al-Hariri declarou aos media , que eles continuarão insistir no afastamento de Bashar al-Assad da vida política síria, no âmbito de um acordo de paz .
Damasco que rejeita negociações sobre o futuro político do actual presidente, poderia não obstante enviar na quarta-feira os seus representantes à Genebra. De acordo com a agência noticiosa Sana, o governo sírio condicionou a participação dos seus negociadores à uma agenda, que não aborde de forma alguma, a questão do abandono de Bashar al-Assad.
Em Genebra, os analistas consideram que a condição imposta por Damasco, facilita a mediação de Mistura, de quem se diz ter optado antes por negociações sobre uma nova Constituição síria , bem como a organização de eleições sob a égide das Nações Unidas.