A Rússia avisou nesta quinta-feira que se recusa a aumentar as sanções contra a Coreia do Norte como resposta ao pedido dos Estados Unidos para que a comunidade internacional corte relações com Pyongyang pelos testes armamentistas realizados pelo país asiático.
EFE
"Nossa atitude frente a isto (apelo dos EUA) é negativa. Em mais de uma ocasião enfatizamos que a pressão por meio de sanções é uma via praticamente esgotada", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Minsk, capital da Bielorrússia.
"Nossa atitude frente a isto (apelo dos EUA) é negativa. Em mais de uma ocasião enfatizamos que a pressão por meio de sanções é uma via praticamente esgotada", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Minsk, capital da Bielorrússia. EFE/ Yuri Kochetkov |
Lavrov acrescentou que as resoluções da ONU com sanções contra a Coreia do Norte contêm a reivindicação para retomar o processo de negociação, uma "exigência que a parte americana ignora".
"Considero que é um grande erro", completou o chanceler russo.
Segundo Lavrov, as últimas ações dos Estados Unidos "parecem tentar conscientemente provocar Pyongyang para que dê passos bruscos".
"Dá a impressão de que se faz tudo para que Kim Jong-un (líder norte-coreano) perca a calma e se lance em uma nova aventura", comentou o chefe da diplomacia russa.
Lavrov salientou ainda que os Estados Unidos devem explicar qual é seu objetivo na crise coreana.
"Se o que buscam é um pretexto para destruir a Coreia do Norte, como declarou a representante dos EUA no Conselho de Segurança da ONU, que o digam abertamente e que o ratifique o governo americano. Então decidiremos como reagir", sentenciou.