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30 novembro 2017

EUA na ONU: “Coreia do Norte aproximou o mundo da guerra”

Washington pede ao Conselho de Segurança um boicote mundial ao regime de Pyongyang depois do lançamento do míssil intercontinental


J. M. Ahrens | El País


Os tambores de guerra voltaram a bater no Conselho de Segurança da ONU. O míssil lançado na terça-feira pela Coreia do Norte, com capacidade para alcançar qualquer ponto dos Estados Unidos, desencadeou a resposta fulminante da embaixadora norte-americana, Nikki Haley, uma das estrelas em ascensão do Governo Trump. “A Coreia do Norte aproximou o mundo da guerra. Nunca procuramos nem pretendemos, mas, se vier, será devido a atos constantes de agressão como o de ontem e, caso ocorra, o regime ficará totalmente destruído”, afirmou Haley.


A embaixadora dos EUA para a ONU, Nikki Haley, hoje no Conselho de Segurança.

A embaixadora dos EUA para a ONU, Nikki Haley, hoje no Conselho de Segurança. KENA BETANCUR AFP
Em sua intervenção, a mais dura de todo o conselho, a embaixadora norte-americana pediu um boicote mundial ao regime de Pyongyang para deter sua corrida armamentista. “Os lançamentos avançam, a ameaça aumenta, a obsessão norte-coreana vai além. Inclusive se declararam um Estado nuclear. Mas estão matando o povo de fome para financiar sua produção armamentista”, afirmou Haley.

Consciente de que necessita do apoio da China, que controla 90% do comércio exterior norte-coreano, a embaixadora pediu a Pequim que coloque um fim em suas relações com Pyongyang, em especial o envio de combustível, necessário para levar adiante o programa nuclear.

A China, em sua intervenção, demonstrou cautela. A crise norte-coreana é antiga, mas se acelerou desde a chegada de Trump à Casa Branca. A ditadura de Kim Jong-un autorizou 20 lançamentos balísticos e seis testes nucleares este ano. Ao mesmo tempo foram realizadas nove sessões do Conselho de Segurança. O resultado foi uma cascata de sanções contra Pyongyang.

Trump conseguiu que a China se some a esse cerco. Mas diante do pedido ansioso de Haley no sentido de estrangular ainda mais Pyongyang, o representante chinês impôs sua própria velocidade, se ateve à aplicação das medidas já aprovadas e apresentou novamente a proposta que defende com a Rússia e que implica que a Coreia do Norte abandone seus testes em troca de os EUA deixar de realizar manobras conjuntas com a Coreia do Sul. Algo que Washington rechaça de saída.

O representante russo se expressou em tom mais duro. Não só criticou o desprezo flagrante de Pyongyang ao direito internacional como vaticinou uma “piora da situação” e reforçou a necessidade de conversas diretas. “As sanções foram aprovadas para abrir negociações, mas não devem ser usadas para causar mais problemas para o povo norte-coreano”, disse o embaixador russo.

Tanto Rússia como China foram as vozes mais frias do conselho. Coreia do Sul, Japão, Reino Unido e França se alinharam com clareza com as teses norte-americanas. “Não toleraremos que a Coreia do Norte tenha armas nucleares”, afirmou o embaixador japonês. “A pressão máxima de hoje pode abrir o caminho para a solução política amanhã. A firmeza máxima é nosso melhor antídoto diante do risco da guerra”, declarou o francês. Nos próximos dias se espera que, além do âmbito da ONU, os EUA aprove novas sanções contra a Coreia do Norte. Muitos especialistas consideram que nenhuma conseguirá deter o objetivo do regime e que só uma vez que este disponha de um míssil balístico com capacidade para uma bomba nuclear se abrirá negociação. Trump prometeu evitar que Kim Jong-un consume seu objetivo e está exibindo toda sua musculatura militar e diplomática para evitar. Mas Pyongyang, cada vez mais isolada, segue adiante, dando as costas para as necessidades de sua paupérrima população. As grandes vítimas de tudo.

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