Os EUA parecem ter querido provocar propositalmente Pyongyang para este empreender "novas ações bruscas", acredita o chanceler russo, Sergei Lavrov. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, a especialista em ciências políticas Irina Lantsova opinou que as ações de Washington quanto a Pyongyang são extremamente ineficazes.
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De acordo com o chanceler russo Sergei Lavrov, os EUA parecem ter querido provocar propositalmente Pyongyang para este empreender "novas ações bruscas".
Donald Trump © REUTERS/ Jim Lo Scalzo/Pool |
Na sequência disso, o chanceler russo apelou para que Washington diga abertamente se ele procura ou não destruir a Coreia do Norte. "Então decidiremos quanto à nossa reação", ressaltou o ministro.
A especialista em ciências políticas e em assuntos dos EUA, Irina Lantsova, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que as ações de Washington quanto a Pyongyang são extremamente ineficazes.
"Quanto à resolução da situação em torno do programa nuclear norte-coreano, ultimamente as ações dos EUA se têm revelado ineficazes. Ainda recentemente, Washington adicionou a Coreia do Norte à lista dos países patrocinadores do terrorismo. Vale ressaltar que a retirada desta lista virou um dos maiores avanços na política do presidente George W. Bush nesta região. Donald Trump arruinou todos os avanços. Sendo assim, muitos especialistas avisaram sobre prováveis ações de resposta por parte de Pyongyang. Podemos dizer que sim, os EUA aumentam mais uma vez as tensões nesta região", assinalou Irina Lantsova.
Anteriormente, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que Washington imporá novas restrições a Pyongyang em resposta a mais um teste de míssil. Os EUA apelaram também ao bloqueio da Coreia do Norte.
Na madrugada desta quarta-feira (30), a Coreia do Norte lançou o míssil Hwasong-15, que percorreu uma distância de 950 quilômetros e caiu a 210 quilômetros do litoral do Japão.
Pyongyang afirmou que, a partir de agora, já possui um meio capaz de lançar uma carga nuclear até qualquer ponto dos EUA. Muitos países, incluindo a Rússia, condenaram as ações da Coreia do Norte.