Nesta segunda-feira (6), na cidade síria de Deir ez-Zor uma explosão deixou feridos jornalistas dos canais russos NTV e Zvezda. O especialista em ciências políticas, Andrei Suzdaltsev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que ainda falta muito até a situação na parte oriental da Síria ficar estabilizada.
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Os jornalistas do canal NTV, Ilya Ushenin e Timur Voronov, e do canal Zvezda, Konstantin Khudoleev e Dmitry Starodubsky, estavam trabalhando em um dos bairros da cidade de Deir ez-Zor quando ocorreu a explosão de uma munição incendiária de controle remoto. Além dos jornalistas russos, a explosão deixou feridos cinco militares do Centro Internacional de Ação contra Minas das Forças Armadas da Rússia.
Deir ez-Zor, Síria © Sputnik/ Mikhail Voskresenskiy |
Todos os feridos foram rapidamente evacuados até a base aérea russa de Hmeymim, onde eles receberam a assistência médica necessária. Neste momento, suas vidas não estão em perigo.
O especialista em ciências políticas e professor da Escola Superior da Economia, Andrei Suzdaltsev, opinou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnikque ainda falta muito até uma estabilização completa na parte oriental da Síria.
"Tenho dúvidas que se tenha tratado de um ataque propositado contra jornalistas, o mais provável é que eles [os jornalistas] estivessem em uma zona de operações militares. Ainda falta muito até se estabelecer a paz na parte oriental da Síria. Os representantes da coalizão ocidental, principalmente os EUA, agem em certo grau como patrocinadores das partes restantes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). Caso eles não o fizessem, a libertação dessa área já teria terminado há muito. Contudo, é preciso praticamente 'extrair' os terroristas das ruínas da cidade, esse é o maior problema. É claro que ainda falta muito até uma estabilização completa da situação. Existem determinados compromissos nas zonas de desescalada, mas lá se encontram partes da oposição que não se distinguem em nada do Daesh e que colaboram com o Daesh", assinalou Andrei Suzdaltsev.