As declarações de Trump são feitas um dia após a Coreia do Norte confirmar o lançamento de um míssil de médio alcance que sobrevoou o Japão.
G1
O presidente dos EUA, Donald Trump, descartou negociações diplomáticas com a Coreia do Norte, e afirmou que "diálogo não é a resposta" para a crise com Pyongyang.
Donald Trump, presidente dos EUA |
"Os EUA estão conversando com a Coreia do Norte e pagando dinheiro de extorsão por 25 anos. O diálogo não é a resposta", criticou o presidente no Twitter.
As declarações de Trump são feitas um dia após a Coreia do Norte confirmar o lançamento de um míssil de médio alcance que sobrevoou o Japão e foi condenado internacionalmente. A menção de Trump a pagamentos de Pyongyang parece ter sido uma referência à ajuda que os EUA prestaram ao país anteriormente. Um relatório do Serviço de Pesquisa Congressional dos EUA disse que, entre 1995 e 2008, Washington forneceu US$ 1,3 bilhão em assistência aos norte-coreanos.
Quando indagado por repórteres, poucas horas depois, se seu país esgotou as soluções diplomáticas para a Coreia do Norte em meio às tensões crescentes causadas por uma série de testes de mísseis norte-coreanos, o titular da Defesa norte-americano, Jim Mattis, respondeu "não".
"Nunca esgotamos as soluções diplomáticas", disse Mattis antes de uma reunião com seu equivalente sul-coreano no Pentágono. "Continuamos a trabalhar juntos, e o ministro e eu compartilhamos a responsabilidade de proporcionar a proteção de nossas nações, nossas populações e nossos interesses".
Trump, que prometeu não permitir que Pyongyang desenvolva mísseis nucleares capazes de atingir o território continental dos EUA, disse em um comunicado na terça-feira que "todas as opções estão na mesa".
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o disparo do míssil sobre o Japão, que classificou como "ultrajante", e exigiu que a Coreia do Norte suspenda seu programa de armas.
O comunicado esboçado pelos EUA, que não ameaça a adoção de novas sanções contra o regime norte-coreano, pediu que todos os Estados implantem as sanções da ONU e disse ser de "vital importância" que a Coreia do Norte adote ações imediatas e concretas para reduzir as tensões.