As autoridades da prefeitura japonesa de Okinawa, onde estão localizadas bases militares dos EUA, declararam suas objeções à continuação dos voos de convertiplanos MV-22 Osprey, depois do acidente letal que há pouco aconteceu, relata a mídia local na terça-feira (8).
Sputnik
Em 5 de agosto a imprensa noticiou a queda de uma aeronave Osprey na costa leste da Austrália. O Departamento da Defesa anunciou na segunda-feira (7) que 3 militares norte-americanos morreram em resultado do acidente.
Protesto de cidadãos de Okinawa contra base militar dos EUA © AFP 2017/ TORU YAMANAKA |
O vice-governador de Okinawa, Moritake Tomikawa, se encontrou com o comandante das forças dos EUA em Okinawa, o tenente-general Lawrence Nicholson, e expressou seu descontentamento por os EUA não cessarem os voos de aeronaves Osprey apesar das demandas repetidas das autoridades locais e dos residentes, relata a emissora NHK.
O responsável militar dos EUA respondeu que os Ospreys são usados por todo o mundo e que Washington não tem planos de desmantelar estas aeronaves, de acordo com a emissora.
Apesar de o vice-governador de Okinawa ter pedido aos EUA para se absterem de usar os Ospreys pelo menos até o fim da investigação do acidente ocorrido, a emissora revelou que os voos continuam na região da base norte-americana de Futenma, na mesma prefeitura.
Segundo os dados fornecidos à Sputnik pela administração da prefeitura, em Okinawa estão 25.800 militares norte-americanos e 19.000 membros de suas famílias e civis dos EUA. Lá se encontram concentradas 70% de todas as estruturas militares dos EUA no Japão, embora Okinawa represente só 1% do território japonês.
Além do incômodo psicológico causado pelo ruído das aeronaves, os habitantes de Okinawa se preocupam com a poluição ambiental e o aumento da criminalidade provocadas pela base aérea.