Correspondente da Sputnik visitou povoação na província de Quneitra, que recentemente foi incluída na zona de segurança do sudoeste.
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As Colinas de Golã foram um dos palcos de tensão mais graves na Síria. O correspondente da Sputnik visitou a povoação de Jiba, província de Quneitra, e assistiu à primeira chegada de ajuda humanitária depois de Quneitra ter sido incluída na zona de segurança do sudoeste.
Quneitra, Síria © AP Photo/ Ariel Schalit |
Esperança em um futuro melhor
A fronteira da Síria com Israel fica a 40 minutos de carro de Damasco. Jiba é praticamente a povoação mais distante nas Colinas de Golã controlada pelo exército sírio.
Jiba está entre uma dúzia de outras aldeias que se juntaram recentemente à zona de segurança do sudoeste. Há 10 dias, este território era um campo de batalha. Entretanto, em 7 de julho, os representantes da Rússia e dos Estados Unidos se juntaram na Jordânia e concordaram com a introdução do regime de cessar-fogo em três províncias sírias, dando uma esperança de paz para milhares de cidadãos sírios.
Quneitra costumava hospedar as tropas de elite da Síria que estavam se preparando para uma possível intervenção israelense, disse um dos acompanhantes do correspondente da Sputnik.
A primeira impressão
Hoje, pela primeira vez em muitos meses, os cidadãos de Jiba se reúnem no centro da aldeia para receber ajuda humanitária. O centro de reconciliação da Rússia, junto com as tropas sírias, entrega alimentos e bens essenciais a 500 famílias.
"Agora, a situação é muito melhor. Agradecemos ao exército sírio e à Rússia por nos salvarem do terrorismo", disse um cidadão de Jiba, acrescentando que parece que tudo está melhorando.
Enquanto as crianças que vivem na povoação expressam gratidão, os adultos são muito hospitaleiros, chamando os militares de hóspedes.
Enquanto decorre a distribuição de ajuda humanitária, os especialistas russos e sírios organizam um hospital móvel num edifício próximo.
"A visita dos médicos é a nossa salvação. Nossa filha foi examinada e recebeu o tratamento necessário", disse uma mulher saindo do médico.
Frente de batalha
Acabada a missão humanitária, dois oficiais russos, acompanhados por militares sírios, vão à linha da frente para avaliar a situação na fronteira da zona de segurança. Um oficial superior recebe a delegação.
"Agora tudo está calmo, o ponto mais distante [que nós controlamos] fica a umas centenas de metros, o povoado seguinte é controlado pelos militantes. Não há comunicação entre nós, existem três estradas, todas estão bloqueadas. Nós deixamos apenas um pequeno caminho para os combatentes que querem depor as armas", disse o oficial superior, acompanhando os militares russos até à fronteira.
A região se tem mantido em silêncio por mais de uma semana. No entanto, os militares dizem que os terroristas fizeram algumas provocações durante esta semana.
As autoridades, através dos mediadores, continuam negociando com os líderes dos grupos terroristas, apelando para deporem suas armas e voltarem para a vida pacífica. Os civis e as autoridades acreditam que o derramamento de sangue no seu país vai acabar em breve.