A recente proibição da Romênia de abrir seu espaço aéreo ao avião com o vice-premiê russo tinha por objetivo expulsar totalmente a Rússia da Transnístria e da Moldávia, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Transnístria.
Sputnik
Conforme declarou um representante do ministério que preferiu não revelar seu nome ao Rossiyskaya Gazeta, a proibição visa comprometer uma série de eventos festivos anteriormente acordados, que supunham a participação das forças de paz da Moldávia.
Forças de Paz da Rússia na Transnístria © Sputnik/ Sergei Kuznetsov |
Além disso, a proibição mostra que a Moldávia, apoiada ativamente por outros países, está aumentando gradualmente a pressão sobre a Transnístria em todas as esferas, incluindo a instalação conjunta com a Ucrânia de postos fronteiriços na fronteira entre a Transnístria e a Ucrânia. Ao mesmo tempo, Chisinau recusa solucionar a situação através de negociações.
Segundo a fonte, o incidente com o avião de passageiros onde seguia o alto funcionário russo confirma que as autoridades de Chisinau têm intenções de cancelar a operação de manutenção de paz na região de Dniestre.
Esta situação negativa foi precedida por uma série de ações por parte das autoridades da Moldávia, viradas para desestabilizar o processo de manutenção de paz, sublinha o ministério da Transnístria.
Nomeadamente, se trata da decisão do Tribunal Constitucional da Moldávia de qualificar a ação das forças de paz russas como ilegal, assim como a recente expulsão de um grupo de diplomatas russos que também participaram da operação de manutenção de paz.
Estas medidas destrutivas afetam de modo extremamente negativo o ambiente de diálogo multilateral, ameaçando romper a estabilidade e provocar novas tensões. Para além disso, trata-se de um sério desafio e ameaça real para o equilíbrio de poder, que levou décadas a ser estabelecido, assegura a chancelaria da Transnístria.
Portanto, segundo a mesma fonte, os atuais processos demonstram que a Moldávia está aplicando uma estratégia para fomentar o conflito na região, o que poderá levar a consequências graves e imprevisíveis.
O Ministério das Relações Exteriores da Romênia negou em 28 de julho a entrada no seu espaço aéreo a um avião comercial que transportava, entre outros passageiros, o vice-premiê da Rússia, Dmitry Rogozin.