O Círculo do Pacífico está de novo "atormentado". Os navios dos EUA entraram nas águas perto das ilhas disputadas no mar do Sul da China, consideradas por Pequim como seu território. Aliás, saíram assim que entraram.
Ilia Kharlamov | Sputnik
Navios de guerra e caças chineses expulsaram o destróier norte-americano, que ultrapassou sem permissão as águas das ilhas disputadas no mar do Sul da China, consideradas por Pequim como seu território. A chancelaria chinesa acusou Washington de violar a soberania do país, referindo-se ao incidente como provocação militar e política. O Departamento de Estado norte-americano, por sua vez, respondeu que os EUA agem em conformidade com a lei internacional e podem voar, navegar e agir em qualquer lugar onde for possível. Deste modo, torna-se claro que a nova administração continua com o mesmo curso político em relação à China, pois na época de Barack Obama, os navios americanos navegavam regularmente no mar do Sul da China sem autorização de Pequim, causando escândalos diplomáticos e descontentamento chinês.
Porém, com a chegada de Trump, alguns esperavam que a atividade norte-americana nesta região diminuísse e as relações entre os dois países melhorassem. Mas, como mostra o recente incidente, os otimistas se enganaram. Apesar dos laços econômicos entre os dois Estados, na política as coisas deixam muito a desejar.
Washington cada vez mais chama a China de principal inimigo dos EUA, apresentando argumentos formais. Por exemplo, especulações no mercado cambial e violação dos direitos humanos, o tema favorito do Ocidente, quando se precisa acusar ou castigar alguém. No entanto, Pequim também pode pagar com a mesma moeda. Mais precisamente, o gigante asiático agiu de modo duro à decisão dos EUA de fornecer armas para Taiwan, cuja soberania não é reconhecida pela China.
Além disso, a China acompanhou com preocupação as ações do grupo naval dos EUA, que se aproximou da costa da Coreia do Norte, esperando o ataque dos mesmos contra o país asiático. Os EUA não atacaram, é claro. Porque o contra-ataque de Pyongyang poderia ter alcançado as bases militares de Washington na Coreia do Sul e no Japão. Mas, afinal, o que EUA conseguiram com a outra jogada de músculos? Ao aumentar a tensão na região, os EUA contribuem naturalmente para a aproximação entre a China e a Rússia, sendo a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia (3-4 de julho), mais uma prova disso. Antes de partir para visitar a Rússia, o líder chinês afirmou que as negociações com Vladimir Putin impulsionariam as relações bilaterais.
De acordo com alguns dados, Xi Jinping preparou propostas inovadoras para regular a crise na península Coreana. Vale destacar que a nova administração de Seul também está prestes a dialogar com Pequim. Mas os EUA continuam apostando na política de força e pressão nas relações com a China.
Falando nas relações entre Pequim e Washington, Xi Jinping disse pouco antes da visita a Moscou que a instalação do sistema de defesa antiaérea dos EUA na Coreia do Sul prejudica a balança estratégica na região e a segurança dos países lá situados, inclusive a China e a Rússia. Assim, através de suas próprias ações, Washington está causando uma remodelação do mundo, que resultará em uma situação geopolítica completamente nova e pouco agradável para os EUA.
Navios de guerra e caças chineses expulsaram o destróier norte-americano, que ultrapassou sem permissão as águas das ilhas disputadas no mar do Sul da China, consideradas por Pequim como seu território. A chancelaria chinesa acusou Washington de violar a soberania do país, referindo-se ao incidente como provocação militar e política. O Departamento de Estado norte-americano, por sua vez, respondeu que os EUA agem em conformidade com a lei internacional e podem voar, navegar e agir em qualquer lugar onde for possível. Deste modo, torna-se claro que a nova administração continua com o mesmo curso político em relação à China, pois na época de Barack Obama, os navios americanos navegavam regularmente no mar do Sul da China sem autorização de Pequim, causando escândalos diplomáticos e descontentamento chinês.
USS Stethem DDG-63 |
Porém, com a chegada de Trump, alguns esperavam que a atividade norte-americana nesta região diminuísse e as relações entre os dois países melhorassem. Mas, como mostra o recente incidente, os otimistas se enganaram. Apesar dos laços econômicos entre os dois Estados, na política as coisas deixam muito a desejar.
Washington cada vez mais chama a China de principal inimigo dos EUA, apresentando argumentos formais. Por exemplo, especulações no mercado cambial e violação dos direitos humanos, o tema favorito do Ocidente, quando se precisa acusar ou castigar alguém. No entanto, Pequim também pode pagar com a mesma moeda. Mais precisamente, o gigante asiático agiu de modo duro à decisão dos EUA de fornecer armas para Taiwan, cuja soberania não é reconhecida pela China.
Além disso, a China acompanhou com preocupação as ações do grupo naval dos EUA, que se aproximou da costa da Coreia do Norte, esperando o ataque dos mesmos contra o país asiático. Os EUA não atacaram, é claro. Porque o contra-ataque de Pyongyang poderia ter alcançado as bases militares de Washington na Coreia do Sul e no Japão. Mas, afinal, o que EUA conseguiram com a outra jogada de músculos? Ao aumentar a tensão na região, os EUA contribuem naturalmente para a aproximação entre a China e a Rússia, sendo a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia (3-4 de julho), mais uma prova disso. Antes de partir para visitar a Rússia, o líder chinês afirmou que as negociações com Vladimir Putin impulsionariam as relações bilaterais.
De acordo com alguns dados, Xi Jinping preparou propostas inovadoras para regular a crise na península Coreana. Vale destacar que a nova administração de Seul também está prestes a dialogar com Pequim. Mas os EUA continuam apostando na política de força e pressão nas relações com a China.
Falando nas relações entre Pequim e Washington, Xi Jinping disse pouco antes da visita a Moscou que a instalação do sistema de defesa antiaérea dos EUA na Coreia do Sul prejudica a balança estratégica na região e a segurança dos países lá situados, inclusive a China e a Rússia. Assim, através de suas próprias ações, Washington está causando uma remodelação do mundo, que resultará em uma situação geopolítica completamente nova e pouco agradável para os EUA.