O Ministério das Relações Exteriores da Síria avisou Washington sobre uma possível resposta em caso de nova agressão contra a Síria.
Sputnik
Na semana passada, a Casa Branca afirmou que o governo sírio estava alegadamente preparando um novo ataque com armas químicas, mas recusou apresentar quaisquer provas. Além disso, Washington prometeu que o governo sírio iria "pagar um preço alto" caso use este tipo de armas. O Kremlin comentou as afirmações da Casa Branca, dizendo que as ameaças dos EUA contra o governo legítimo da Síria são "inaceitáveis".
Lançamento de um Tomahawk da fragata norte-americana USS Porter DDG 78 © REUTERS/ Robert S. Price/Courtesy U.S. Navy/Handout |
O vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, disse que Washington deve considerar as possíveis ações de Damasco e Moscou em resposta a uma agressão contra a Síria.
"Washington deve avaliar cuidadosamente as [possíveis] ações de Damasco e de Moscou em resposta a qualquer nova agressão", disse Faisal Mekdad aos jornalistas durante uma coletiva de imprensa na capital síria.
Ele também reafirmou que Damasco não possui quaisquer armas químicas, pois foram destruídas em 2014, em conformidade com o acordo mediado pela Rússia e pelos EUA, entre outras partes envolvidas.
Em 4 de abril, a oposição síria comunicou existirem 80 vítimas e 200 feridos de um ataque com o uso de armas químicas na cidade de Khan Shaykhun, na província de Idlib, atribuindo a responsabilidade pelo acontecido às tropas governamentais sírias que, em resposta, rejeitaram todas as acusações e culparam os militantes e seus patrocinadores por este ataque.
As autoridades sírias afirmaram que nunca usaram armas químicas contra a população civil e os terroristas, dado que todo o arsenal químico do país tinha sido retirado do país sob controle da OPAQ.
Os EUA, por sua vez, sem apresentarem quaisquer provas da responsabilidade e sem prestar atenção aos apelos russos para realizar uma investigação minuciosa, realizaram um ataque com mísseis de cruzeiro contra a base aérea de Shayrat em 7 de abril.
Como o presidente sírio Bashar Assad afirmou antes em uma entrevista à Sputnik, não houve nenhum ataque químico, e o incidente foi apenas uma provocação para criar um pretexto e, consequentemente, atacar a base de Shayrat.