Conselheiro político do governo e acadêmico sírio, Suleiman al-Suleiman, afirmou à agência Sputnik que o encontro dos presidentes russo e americano em Hamburgo dividiram a situação na Síria em dois períodos históricos.
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"Antes da realização da cúpula do G20 em Hamburgo, a comunidade internacional estava contra o governo e o exército da Síria. Todos diziam que [apoio ao Assad] era uma linha vermelha, impossível de ultrapassar. Não havia intenções de interromper o financiamento de terroristas pelos países do golfo Pérsico e a fronteira da Turquia com a Síria estava completamente aberta para os militantes", disse o especialista.
Vladimir Putin e Donald Trump na cúpula do G20 © AP Photo/ Evan Vucci |
"Depois da cúpula em Hamburgo e do acordo sobre as zonas de segurança vemos que os esforços dos americanos não tiveram sucesso, eles não conseguiram o que queriam", explicou Suleiman.
O conselheiro do governo revelou que "EUA e Israel estavam planejando uma operação militar contra a Síria, que deveria ter sido realizada entre 2 e 4 de julho deste ano".
"Isso não aconteceu, pois surgiu a informação sobre a prontidão dos sistemas russos S-400. E logo em seguida aconteceu a reunião em Hamburgo, onde foi celebrado um acordo de cooperação entre a Rússia e os EUA" explicou o interlocutor da agência.
Segundo ele, existem todas as condições para um processo de paz na Síria, mas o exército continua alerta e está pronto para repelir qualquer ataque contra a soberania do país.