Ataque dos EUA à Síria se tornou um sinal de aviso para a Coreia do Norte, acreditam analistas sul-coreanos, mesmo não acreditando que Washington tome medidas semelhantes no que diz respeito à Península Coreana.
Sputnik
"Os EUA mostraram para a Coreia do Norte que podem começar a agir caso seja necessário", opina o professor do Instituto do Extremo Oriente da província de Gyeongsang do Sul (Coreia do Sul), Kim Dong Oba. Segundo ele, Trump quer mostrar aos norte-coreanos que se eles utilizarem armas químicas ou realizarem ataque de mísseis em Guam (região oeste do Oceano Pacífico) ou no Japão, os EUA não terão outra saída a não ser iniciar combate.
Líder da Coreia do Norte Kim Jong-un © AP Photo/ KCNA |
Segundo o professor, o ataque dos EUA na Síria vai ter "efeito positivo" quanto à contenção da Coreia do Norte.
O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou na quinta (6) que ordenou realizar ataque ao aeródromo da Força Aérea síria, de onde, segundo ele, há dois dias foi realizado um ataque com utilização de armas químicas contra civis. O comando do exército sírio negou as acusações impondo responsabilidade aos militares.
Outro professor sul-coreano da Universidade Dongguk Kim Jung Hee, especialista em problemas norte-coreanos, não acredita que os EUA possam realizar ataque à Coreia do Norte.
"Deve-se considerar a questão como uma sondagem à Coreia do Norte e à China", informou Kim Jung Hee. Segundo ele, Trump está enviando sinal de que os EUA podem diretamente tomar medidas contra Coreia do Norte, caso ela realize novo teste nuclear ou haja nova “provocação”. Segundo o especialista, a mensagem foi enviada também para a China.
Há alguns dias, a Coreia do Norte realizou um teste de novo míssil balístico na costa do mar do Japão, mas, segundo a opinião de analistas dos EUA e da Coreia do Sul, ele foi malsucedido. Anteriormente, Pyongyang realizou lançamentos de vários mísseis que caíram em zona econômica exclusiva do Japão. Segundo a Coreia do Norte, não passou de um teste de ataque contra as bases militares dos EUA no Japão.