Ataque na cidade de Khan Sheikhoun, na última terça-feira, causou mais de 80 mortes e deixou centenas de feridos.
EFE
O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, informou nesta quinta-feira (6) que as autópsias realizadas nas vítimas do ataque ocorrido na última terça (4), na província de Idlib, na Síria, confirmaram o uso de armas químicas.
Criança inconsciente é mantida sob observação em hospital de Khan Sheikhoun, na Síria, após suposto ataque com gás tóxico em área tomada por rebeldes (Foto: Omar Haj Kadour/AFP) |
"Fizeram autópsias em três corpos que foram levados de Idlib para Adana (sul da Turquia), e contaram com a participação de representantes da Organização Mundial da Saúde, Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O resultado das autópsias comprovou o uso de armas químicas", afirmou Bozdag, à agência de notícias turca "Anadolu".
O ministro de Saúde da Turquia, Recep Akdag, já tinha dito na quarta-feira que existiam "provas" do uso de armas químicas no ataque, que ele atribuiu ao governo sírio, que vem negando seu envolvimento na ação.
"Esta investigação científica demonstrou que Bashar al Assad (presidente sírio) utiliza armas químicas", afirmou Bozdag, nesta quinta, após o resultado das autópsias.
Após o ataque na cidade de Khan Sheikhoun, na última terça-feira, que causou mais de 80 mortes e deixou centenas de feridos, 30 das vítimas foram transferidas para hospitais da Turquia.
Na quarta-feira, o governo turco tinha classificado o ataque como "crime de guerra e crime contra a humanidade".