Na terça-feira (07), o Parlamento da Líbia votou pela denúncia do acordo de paz em Skhirat, que prevê regular a política na Líbia. Na véspera, 70 parlamentares declararam o fim do diálogo político sobre os ataques de grupos armados aos bairros petrolíferos.
Sputnik
Exército líbio continua combatendo as Brigadas da Defesa de Benghasi e outros grupos a fim de reestabelecer o controle das regiões dos portos de Ras Lanuf (norte da Líbia) e de es-Sidr.
Rebelde em frente a refinaria de petróleo capturada pelas forças opositoras do governo líbio © AP Photo/ Hussein Malla |
"Como podemos dialogar com aqueles que lutam contra os líbios, destruindo poços e portos? Por isso decidimos parar com este diálogo político", comunicou o chefe da Segurança Nacional do Parlamento líbio, Tarik al-Jarushi, à Sputnik Árabe.
Ele acrescentou que os militantes da Al-Qaeda e Brigadas da Defesa de Bengasi uniram forças para atacar bairros petrolíferos do país.
"Solicitamos ao Conselho presidencial da Líbia para pôr um fim nos ataques, mas fomos informados que esta questão não os concerne. Mas isso contradiz claramente à atitude deles no início dos ataques, quando o Governo da Unidade Nacional nomeou o brigadeiro-general, Idris Buhmada, ao posto de líder da Guarda da Defesa das construções petrolíferas", acrescentou ele.
Segundo ele, após a apoderação de Ras Lanuf, foi realizada uma conferência da imprensa, onde os terroristas passaram o controle do porto para Buhmada. Que contradição estranha, opina ele.
"Agora, após a captura do porto petrolífero Ras Lanuf, o Conselho presidencial exige a proibição da nossa aviação de sobrevoar o porto e bombardear os militantes", comunicou al-Jarushi, acrescentando que foi horrível ouvir tais exigências após a Grã-Bretanha ter proposta à ONU fechar o espaço aéreo acima da Líbia.
Segundo ele, é desta forma que os países querem controlar completamente o Parlamento e povo líbio, que serão obrigados a trocar petróleo por comida, fazendo com que o país repita o cenário do Iraque.
"O espetáculo já começou e o tema é compreensível. Itália tem hospital em Misrata para tratar os terroristas. Lá há chefes famosos da Al-Qaeda", frisou ele.
De acordo com o chefe da Segurança Nacional líbio, Itália e Grã-Bretanha são os responsáveis pelos recentes ataques e os dois países os fazem para controlar os portos de petróleo do país.