A Turquia apresentou dois planos alternativos aos Estados Unidos para retirar o grupo extremista Estado Islâmico (EI) da cidade de Raqqa, no norte da Síria, informou um jornal local neste sábado.
Terroristas do Estado Islâmico em Raqqa (AP) |
O general turco Hulusi Akar expôs as propostas de Ancara para o chefe do Estado Maior americano, Joseph Dunford, durante sua visita a uma base aérea do sul da Turquia, explicou o jornal Hurriyet citando fontes da segurança.
A Turquia pediu em várias ocasiões uma operação conjunta com os Estados Unidos para expulsar os extremistas de Raqqa, excluindo as milícias curdas sírias.
Em sua primeira proposta, Ancara sugeriu que forças especiais turcas e americanas, apoiadas por comandos e combatentes rebeldes sírios apoiados pela Turquia, cheguem a Raqqa através da cidade síria de Tal Abyad, a 80 quilômetros de distância, assinalou o jornal.
Segundo o Hurriyet, os americanos teriam que convencer os curdos, que conquistaram Tal Abyad em junho de 2015, para que deixem as tropas passar por lá e alcançar Raqqa através de um corredor de 20 quilômetros.
O segundo plano consistiria em chegar a Raqqa através de Al-Bab, mas isto requereria que as tropas percorressem 180 quilômetros por estradas montanhosas, indicou o Hurriyet.
Al-Bab é um reduto do grupo EI na província de Aleppo. Uma operação militar lançada pela Turquia em agosto está tentando expulsar os extremistas de lá, segundo disse o ministro turco da Defesa, Fikri Isik, esta semana.
As relações entre Washington e Ancara pioraram durante os seis anos de conflito, pois os Estados Unidos consideram que as milícias curdas sírias são muito efetivas contra os extremistas.
Para Ancara, ao contrário, o Partido de União Democrática (PYD) e seu braço armado, as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), são uma extensão dos separatistas curdos da Turquia.