“Embora o rendimento do grupo e do território sob seu controle esteja encolhendo, o ISIL ainda parece ter fundos suficientes para continuar lutando”, disse o subsecretário-geral ONU para assuntos políticos, apresentando o relatório sobre a ameaça que o Estado Islâmico coloca aos esforços internacionais de paz e segurança.
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O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL/Da’esh) está na defensiva em várias regiões, mas também está se adaptando à pressão militar, recorrendo a métodos cada vez mais secretos de comunicação e de recrutamento.
Carro-bomba em Mossul, Iraque. Foto: ACNUR/Ivor Prickett |
A Informação é do subsecretário-geral da ONU para assuntos políticos, Jeffrey Feltman, que atualizou o Conselho de Segurança sobre a situação na terça-feira (7).
De acordo com Feltman, os combatentes estão usando o que chamou de “dark web”.
A ‘dark web’ é formada por sites e servidores de internet que não aparecem em mecanismos de busca como o Google, por exemplo. Eles só são acessados através de ferramentas, códigos e programas especiais.
“Embora o rendimento do grupo e do território sob seu controle esteja encolhendo, o ISIL ainda parece ter fundos suficientes para continuar lutando”, disse o subsecretário-geral, apresentando o relatório sobre a ameaça que o Estado Islâmico coloca aos esforços internacionais de paz e de segurança.
De acordo com o documento, embora a ofensiva militar na Líbia tenha desalojado os combatentes de Sirte, a ameaça do grupo para o país e para a região persiste, com cerca de 3 mil lutadores situados em outras áreas líbias.
“O ISIL tem aumentado a sua presença na África Ocidental e no Magrebe, embora o grupo não controle terras significativas na região. A promessa de lealdade ao ISIL por parte da facção dissidente Al-Mourabitoun pode elevar o nível da ameaça”, alertou Feltman.
“O Boko Haram também está tentando espalhar a sua influência e cometer atos terroristas além da Nigéria, e continua representando uma séria ameaça, com milhares de combatentes à sua disposição”, acrescentou.
Feltman afirmou que a comunidade internacional precisa desenvolver respostas coordenadas e sustentadas à ameaça do grupo e de entidades associadas.
Para ele, o mundo precisa aumentar os esforços para prevenir e resolver os conflitos violentos que servem não só para fomentar atentados, mas também se tornam piores por causa do terrorismo.
“Em última análise, somente a propagação e a consolidação da paz, da segurança, do desenvolvimento e dos direitos humanos vão privar o terrorismo do oxigênio que ele precisa para sobreviver”, concluiu.