O Quartel-General das Forças Armadas russas informou na sexta-feira (16) que todos os civis e a maioria de militantes abandonaram os quarteirões bloqueados de Aleppo oriental.
Sputnik
O anúncio foi feito pelo chefe da direção operacional do Estado-Maior, tenente-general Sergei Rudskoy, durante um briefing.
Aleppo, Síria | NewsTeam
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"O Centro para a Reconciliação na Síria russo organizou num prazo curto e em menos de um dia realizou a operação de retirada dos grupos armados e membros de suas famílias dos bairros de Aleppo oriental. A operação de retirada terminou. Os quarteirões bloqueados foram abandonados por todos os civis e pela maior parte dos militantes", comunicou Rudskoy.
Nas áreas libertadas de Aleppo oriental, junto aos militantes foram encontrados vários depósitos de alimentos fornecidos a partir do estrangeiro, destacou Rudskoy.
Durante a libertação de Aleppo, 3,5 mil militantes da "oposição moderada" se renderam voluntariamente, desse total mais de três mil foram anistiados, acrescentou Rudskoy.
"No decorrer da libertação dos quarteirões de Aleppo oriental, 3.406 militantes da "oposição moderada" se renderam voluntariamente, cessando a resistência e depondo as armas. Deles, 3.056 foram anistiados, em relação aos restantes estão sendo realizadas verificações", informou o tenente-general.
De acordo com Rudskoy, os últimos meses mostraram que o governo sírio está pronto para fazer muita coisa em prol da paz na Síria. A melhor confirmação disso é a anistia de que milhares de pessoas conseguiram beneficiar por todo o país, bem como a saída de unidades da oposição de vários povoados bloqueados pelas forças do governo sírio.
"Isso permitiu evitar violência desnecessária e conservar muitas vidas humanas. Como recentes exemplos, além de Aleppo oriental, podemos citar os povoados Han ash-Shikh e Et-Tell na província de Damasco", ressaltou.
"A ajuda humanitária a essas pessoas está sendo providenciada somente pela Federação da Rússia e pelo governo sírio", destacou o tenente-general.
Além disso, 7 mil residentes já retornaram às suas casas em Aleppo oriental, acrescentou Rudskoy.
"O retorno da população civil é dificultado pelo fato de que, ao abandonar a cidade, os terroristas destruíram as infraestruturas, deixando também atrás de si um grande número de minas e infraestruturas sociais minadas", revelou.
"Por várias vezes ouvimos apelos por parte do Ocidente e de várias organizações internacionais para organizar imediatamente o fornecimento de alimentos e bens de primeira necessidade para os residentes de Aleppo. Porém, hoje nenhum dos países e organizações internacionais oferece tal tipo de ajuda à população da cidade", conclui Rudskoy.
O tenente-general afirma que os países ocidentais e as organizações humanitárias não se apressam em enviar ajuda a Aleppo, pois lá já não há militantes que possam receber essa ajuda, enquanto os civis não lhes interessam.