A Sputnik Itália falou com o arquimandrita Mtanios Haddad, da igreja católica de rito oriental bizantino greco-melquita, que agora vive em Roma, sobre o papel da Rússia na resolução do conflito sírio e na libertação de Aleppo.
Sputnik
O padre manifestou grande pesar em relação à morte do embaixador russo e afirmou que "o assassinato não foi somente um atentado, foi uma traição da paz. A Rússia está na primeira fila dos que lutam contra o terrorismo e assumiu a responsabilidade de trazer pelo menos um pouco de paz e tranquilidade para o Oriente Médio. O assassinato do embaixador foi uma traição, um golpe nas costas. É impensável atacar um embaixador, que é um símbolo do país".
Aleppo, Síria © AFP 2016/ GEORGE OURFALIAN
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Na opinião do padre, os terroristas têm outra filosofia de vida. Não aceitam nem a religião, nem os argumentos de outras pessoas, simplesmente eliminam-nas.
"Não é a força, mas a fraqueza, uma fraqueza da pessoa que não quer ver algo que seja diferente ao seu lado", disse padre Haddad à Sputnik Itália.
Na sua visão, é vergonha dizer que Aleppo caiu. Pelo contrário, voltou para o Estado sírio graças ao sangue dos soldados sírios.
"Queria agradecer a Rússia por isso, porque Hmeymim tornou-se não somente uma base militar, mas uma base de pacificadores, uma base de reunificação do povo sírio".
"Queria agradecer a Rússia por isso, porque Hmeymim tornou-se não somente uma base militar, mas uma base de pacificadores, uma base de reunificação do povo sírio".
O padre sublinhou que o Ocidente queria derrubar Assad, mas a Síria e Rússia mudaram tudo. "Os países do Ocidente não querem aceitar a sua derrota, não querem dizer aos seus povos que as suas mãos estão cobertas de sangue dos soldados sírios".
O padre Haddad disse que não existe uma "oposição moderada", há o exército do governo legítimo e pessoas que querem matar soldados sírios. "Se tais pessoas pertencem ao país, são traidores, se veem do exterior – são mercenários".
A Rússia, segundo o padre Haddad, compreendeu o perigo do terrorismo e contribuiu para a reunificação do povo sírio.