A morte do embaixador russo na Turquia é um sinal evidente que agora é necessário unir esforços para combater o terrorismo e resolver o conflito na Síria e no Iraque que é a origem desses problemas.
Sputnik
O novo eixo Moscou-Ancara-Teerã poderá desempenhar um papel crucial na resolução dessas questões, declarou o especialista em Oriente Médio Vladimir Ajzenhamer da Faculdade da Segurança da Universidade de Belgrado.
O novo eixo Moscou-Ancara-Teerã poderá desempenhar um papel crucial na resolução dessas questões, declarou o especialista em Oriente Médio Vladimir Ajzenhamer da Faculdade da Segurança da Universidade de Belgrado.
Atentado terrorista em Ancara, Turquia © AFP 2016/ STRINGER
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"Se examinarmos a morte de Andrei Karlov no contexto dos eventos na Europa e no Oriente Médio é evidente que é inútil pensar que alguém esteja numa posição mais privilegiada do ponto de vista da segurança", pensa o interlocutor da Sputnik Sérvia.
Entretanto, o especialista sublinhou que "não é só a Turquia que é responsável pelo que aconteceu em Ancara, aqui se trata de um turbilhão de caos em que estão mergulhados muitos países e pessoas. A prova disso são os atentados terroristas realizados no mesmo dia em Berlim e em Zurique".
Em entrevista à Sputnik, Vladimir Ajzenhamer afirmou que, por esta razão, a colaboração entre a Rússia e a Turquia é vital, especialmente na linha Moscou-Ancara-Teerã, e que essa colaboração é possível.
Na opinião do especialista da Universidade de Belgrado, "o eixo Moscou-Ancara-Teerã e a deslocação das negociações para Astana seriam um impulso para que os EUA e a Europa participassem mais ativamente nesse processo para não perderem seu protagonismo e se tornassem parte da solução, e não apenas parte do problema".
"Agora é cedo para discutir se os três ataques terão sido coordenados ou se terão sido uma coincidência, mas é claro que existe uma só origem — o conflito na Síria e no Iraque. O sinal é evidente — nem a Turquia, nem a Europa estão em segurança", acrescentou.
Entretanto, o especialista sublinhou que "não é só a Turquia que é responsável pelo que aconteceu em Ancara, aqui se trata de um turbilhão de caos em que estão mergulhados muitos países e pessoas. A prova disso são os atentados terroristas realizados no mesmo dia em Berlim e em Zurique".
Em entrevista à Sputnik, Vladimir Ajzenhamer afirmou que, por esta razão, a colaboração entre a Rússia e a Turquia é vital, especialmente na linha Moscou-Ancara-Teerã, e que essa colaboração é possível.
"Hoje estamos à beira da criação de um novo eixo que conseguirá, provavelmente, mudar a situação no Oriente Médio para melhor e contribuir para a resolução do conflito o mais rápido possível. As negociações de Genebra sobre a paz na Síria, que decorreram durante vários anos, não deram resultados concretos", apontou o especialista à Sputnik.
Na opinião do especialista da Universidade de Belgrado, "o eixo Moscou-Ancara-Teerã e a deslocação das negociações para Astana seriam um impulso para que os EUA e a Europa participassem mais ativamente nesse processo para não perderem seu protagonismo e se tornassem parte da solução, e não apenas parte do problema".
"Agora é cedo para discutir se os três ataques terão sido coordenados ou se terão sido uma coincidência, mas é claro que existe uma só origem — o conflito na Síria e no Iraque. O sinal é evidente — nem a Turquia, nem a Europa estão em segurança", acrescentou.
Segundo disse Vladimir Ajzenhamer, "agora é a melhor altura para a cooperação entre as potências principais — EUA e Rússia — contra o terrorismo. Se alguma coisa os puder unir será este tipo de ameaça".
O que aconteceu ontem é um caso sem precedentes na história contemporânea e nós vemos que os EUA expressaram imediatamente sua compaixão. Está ficando claro que ninguém está protegido de tais ataques e hoje só falta saber quando poderá o conflito no Oriente Médio, que já ganhou dimensões globais, "fazer ricochete" sobre os diplomatas e cidadãos americanos, concluiu.
Lembramos que os chefes da diplomacia russa, iraniana e turca acordaram em 20 de dezembro uma declaração conjunta sobre a reanimação do processo político para resolver o conflito na Síria, o que permite falar sobre a possível união estratégica entre a Rússia, o Irã e a Turquia no Oriente Médio.