Moldávia e Ucrânia acordaram em elaborar um plano conjunto para a retirada de militares e instalações russos da Transnístria até o fim do ano, diz o portal moldávio Deschide, que cita o ministro da Defesa moldávio, Anatolie Salaru.
Sputnik
O plano prevê a criação de um corredor verde no território ucraniano, bem como a retirada das munições armazenadas no povoado de Kolbasna, que, segundo diz Salaru, “representam uma ameaça significante” para os habitantes da Moldávia e da Ucrânia.
O ministro frisou que, em um futuro próximo, será analisada a parte técnica do assunto e determinado o roteiro da retirada das tropas russas. Ele também adiantou que, após a conclusão de todas as inspeções, Chisinau se dirigirá às instituições internacionais para que estes exerçam influência sobre a Rússia e contribuam para o início da evacuação.
Mais cedo, Salaru informou que a presença das tropas russas na Transnístria é ‘a principal ameaça’ para a Moldávia e impede a resolução do conflito na região.
O grupo operacional do Exército russo, presente na Transnístria, é sucessor do 14° Exército conjunto, que passou a ser controlado pela jurisdição russa após o colapso da URSS. Os principais objetivos dos grupos operacionais estariam ligados à preservação da paz e à vigilância dos armazéns com munições.
A Transnístria, onde a maioria da população é russa e ucraniana (60% da população), exigiu a saída da Moldávia ainda antes do colapso da União Soviética, receando que a Moldávia aderisse à Romênia. Em 1992, quando as autoridades moldávias empreenderam uma tentativa falida de resolver o problema através da força, a Transnístria passou a ser controlada por Chisinau.
O vice-premiê russo, Dmitry Rogozin, ao comentar a notícia, disse:
"Não se esqueceram de consultar a Rússia e a Transnístria? Isso soa como se Honduras tivesse prometido à Guatemala ajudá-la a retirar tropas norte-americanas da Coreia", escreveu Rogozin na sua pagina do Facebook.