Após o incidente que teve lugar em 17 de outubro e os EUA pedirem desculpa pela falta de cautela, o porta-voz do Ministério da Defesa russo major-general Igor Konashenkov aconselha os pilotos norte-americanos a deixarem de culpar a Rússia e controlarem suas emoções.
Sputnik
Logo depois do incidente no espaço aéreo sírio em 17 de outubro, a Força Aeroespacial russa exigiu esclarecimentos dos EUA e estes pediram desculpa pelo acontecido, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo major-general Igor Konashenkov.
E-3 Sentry |
Segundo disse o ministério, em 17 de outubro a tripulação do avião norte-americano E-3 AWACS violou as regras de segurança e se aproximou (a menos de 500 metros da distância) de um caça russo Su-35 perto da cidade síria de Deir ez-Zor.
"Depois desta aproximação perigosa do E-3 AWACS com o caça russo, o comando da Força Aeroespacial da Rússia, localizado na base aérea de Hmeimim, entrou imediatamente em contato com os seus colegas norte-americanos e solicitou esclarecimentos sobre este incidente", disse Konashenkov.
O militar também observou que os representantes da Força Aérea norte-americana "pediram desculpa pelo incidente e prometeram realizar o trabalho necessário com os pilotos para evitar tais situações no futuro".
"Este fato provou que os pilotos russos e norte-americanos têm um canal de comunicação bastante eficaz na Síria, e isso ajudará a evitar incidentes semelhantes no futuro", comunicou o major-general. Entretanto, ele observou que os funcionários do Ministério da Defesa estão surpreendidos com o fato de o comando norte-americano tentar atribuir a responsabilidade pelo incidente à Força Aeroespacial russa.
O representante oficial do Ministério frisou que a parte russa tinha informado com antecedência os seus colegas sobre o voo planejado do Su-35 e apresentado dados exatos sobre a altitude do voo.
"Assim, entendemos que às vezes os pilotos norte-americanos ficam tão impressionados com os caças russos se aproximando, que podem ficar estupefatos. Entretanto, gostaria de recomendar-lhes que deixem de culpar a Rússia e que controlem suas emoções. Tal como o manche de seus aviões…", disse o major-general.