Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da OTAN, afirmou que, qualquer que seja o resultado das eleições presidenciais norte-americanas, os EUA deverão intervir de modo mais ativo na resolução dos conflitos internacionais.
Sputnik
"Precisamos que os EUA desempenhem o papel de gendarme mundial. Temos que estabelecer o papel primordial dos EUA em todos os assuntos internacionais", frisou o ex-secretário-geral da OTAN em uma entrevista concedida ao canal britânico Sky News.
Anders Fogh Rasmussen © AFP 2016/ JOHN THYS
|
Segundo Rasmussen, na lista de problemas que precisam ser solucionados há a situação na Síria, no Iraque, na Líbia e no leste da Ucrânia.
"As superpotências não podem descansar. Olhem ao redor de vocês e vão ver que o mundo está em chamas. Tem a Síria mergulhada em uma guerra civil, o Iraque que está à beira do colapso. A Líbia se tornou um Estado falhado na África do Norte. A Rússia está atacando a Ucrânia e desestabilizando a Europa de Leste. Tem a China mostrando seus músculos, o Estado pária da Coreia do Norte que ameaça todo o mundo com um ataque nuclear", disse Rasmussen.
"Tudo isso requer um policial mundial para reestabelecer a lei e a ordem internacionais", salientou o político.
Segundo o político dinamarquês, Barack Obama "resistiu ferozmente ao uso da força e à ameaça de uso da força militar para evitar conflitos internacionais".
O ex-secretário-geral da OTAN também se mostrou preocupado com a hipótese de o candidato republicano Donald Trump se tornar o próximo presidente norte-americano. De acordo com ele, isto "pode representar uma ameaça enorme" para todo o mundo.
As eleições presidenciais norte-americanas realizar-se-ão em 8 de novembro. Barack Obama está terminando seu segundo mandato e não pode concorrer de novo, segundo diz a Constituição. Os dois principais candidatos à presidência são o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton. Quem se tornar sucessor de Obama vai tomar posse em 20 de janeiro do ano que vem.