O fundador do site de vazamento WikiLeaks, Julian Assange, destacou a ligação entre o financiamento da organização terrorista Daesh e a fundação de Hillary Clinton durante a sua entrevista ao canal RT.
Sputnik
Em um e-mail de 2014 divulgado pelo WikiLeaks no mês passado, Hillary Clinton, que havia desempenhado o cargo de secretária de Estado até o ano anterior, insta John Podesta, então assessor de Barack Obama, a "pressionar" o Qatar e a Arábia Saudita "que estão fornecendo apoio financeiro e logístico clandestino ao Daesh e outros grupos radicais sunitas".
Hillary Clinton em reunião com o Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita © AFP 2016/ BRENDAN SMIALOWSKI
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Assange explicou porque esse e-mail é tão significativo:
"Todos os analistas respeitados sabem e até mesmo o governo norte-americano concordou que algumas personalidades sauditas têm apoiado o Daesh e financiado o Daesh, mas sempre se tem dito que são alguns príncipes 'rebeldes' que usam seu dinheiro proveniente do petróleo para fazer o que querem, e que o governo desaprova. Ora esse e-mail diz que são o governo da Arábia Saudita e o governo do Qatar que estão financiando o Daesh".
Ao mesmo tempo, os sauditas, os qatarenses, os marroquinos, os bareinitas, particularmente os dois primeiros, estão dando dinheiro à Fundação Clinton, enquanto Hillary Clinton, como secretária de Estado, aprovou a venda maciça de armas, particularmente à Arábia Saudita.
"Sob Hillary Clinton — e os e-mails de Clinton revelam uma importante discussão sobre o assunto — o maior acordo de vendas de armas do mundo foi fechado com a Arábia Saudita: mais de $ 80 bilhões. Durante seu mandato, as exportações totais de armas dos Estados Unidos dobraram", disse Assange.