A operação em Mossul irá trazer um alto custo humanitário, tendo em vista o grande número de civis iraquianos mantidos como reféns pelos terroristas do Daesh. É o que avalia um relatório da empresa de inteligência global norte-americana Stratfor.
Sputnik
De acordo com o relatório, os jihadistas estão usando civis e suas crianças como escudo humano para desencorajar a coalizão liderada pelos EUA de realizar ataques aéreos.
Tropas iraquianas em direção a Mossul © AP Photo/ Khalid Mohammed
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"Enquanto não há dúvidas de que a coalizão liderada pelos EUA, junto com as forças armadas do Iraque e as forças curdas Peshmerga, vão, por fim, prevalecer na batalha de Mossul, a vitória deve vir com um alto custo político e humanitário", afirma a Stratfor.
"As agências humanitárias têm alertado que a ofensiva para libertar a cidade vai posteriormente degradar a situação humanitária no norte do Iraque", acrescenta o relatório, observando que a operação poderia aumentar a taxa de vítimas civis do Iraque por causa do grande número de civis que permanecem na cidade.
De acordo com o relatório, desde que a campanha começou em 17 de outubro, centenas de famílias têm fugido da cidade, se somando ao 4 milhões de deslocados iraquianos por causa do Daesh (Estado Islâmico, proibido na Rússia).
Em 16 de outubro de 2016, domingo, as Forças Armadas do Iraque, juntamente com outros grupos armados que incluem as formações curdas peshmerga ("aqueles que olham a morte na cara", em tradução literal), iniciaram ofensiva contra Mossul, uma das duas "capitais" do grupo terrorista Daesh. Grupo terrorista que ocupou a cidade iraquiana em 2014, proclamando-a como um dos centros do seu "califado", o segundo centro sendo Raqqa, no país vizinho sírio.
O Daesh vem aterrorizando todo o mundo e há cinco anos, pelo menos, é considerado "ameaça N° 1 ao mundo". O grupo terrorista Daesh é proibido na Rússia e faz parte da lista de organizações terroristas da Organização das Nações Unidas (ONU).