A Rússia não está de acordo com os planos dos EUA para deslocar forças americanas adicionais, depois de tomar Mossul no Iraque, para conquistar Raqqa, disse à RIA Novosti Igor Morozov, membro do comitê para os assuntos internacionais do Conselho Federação da Rússia.
Sputnik
A candidata presidencial do Partido Democrata, Hillary Clinton, declarou durante os últimos debates que depois de liberar Mossul dos extremistas do Daesh (grupo terrorista, proibido na Rússia) será necessário liberar a capital terrorista síria de Raqqa.
Raqqa, Síria © flickr.com/ Beshr Abdulhadi
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"A Rússia será completamente contra. Ela irá apresentar um protesto contra a deslocação ilegal de forças americanas sem um pedido oficial das autoridades sírias. Apenas existindo esse convite poderão os EUA deslocar meios aéreos adicionais para a Síria", sublinhou Morozov.
Ele também frisou que esta alteração de cenário de esforços conjuntos na luta contra terrorismo internacional por parte de Washington contradiz os acordos de Genebra e poderá resultar em "um conflito militar de grande escala".
"Existem os acordos de Genebra para a Síria. Apesar dos americanos se recusarem em colaborar com a Rússia na Síria, os acordos devem continuar vigorando e regulando as ações das forças armadas da Síria, da força aeroespacial da Rússia e das forças da coalizão. Se os americanos começarem de modo unilateral alterando, com as forças da sua coalizão, o cenário dos esforços conjuntos para a destruição do Daesh, isso poderá resultar no conflito de grande escala sobre qual todo mundo fala e que deve ser evitado de todas as formas", disse Morozov.