As manobras militares Slovak Shield 2016, realizadas entre 6 e 13 de outubro na Eslováquia, contaram com a participação dos países do Grupo de Visegrád (do qual fazem parte a Eslováquia, Polônia, República Tcheca e Hungria), EUA e Alemanha.
Sputnik
De acordo com o comunicado de imprensa, publicado na página oficial do Exército dos EUA, no âmbito dos exercícios que envolveram mais de 2 mil militares, foram realizadas práticas com armas, operações de demolição e manobras táticas com os parceiros da coalizão.
Bandeiras da OTAN e Eslováquia © AFP 2016/ SAMUEL KUBANI
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Durante a cerimônia de encerramento dos exercícios, o diretor de Slovak Shield 2016, vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da República da Eslováquia, tenente-general Pavel Macko, informou que o desempenho das forças conjuntas durante as manobras demonstrou o poder e a produtividade da aliança.
Porém, nem todos compartilham a mesma opinião. Assim, Jozef Zarnovican, presidente da Associação dos militares eslovacos, criticou fortemente os exercícios em entrevista à Sputnik República Tcheca.
Segundo ele, o importante não é o fato da realização dos exercícios, mas o objetivo buscado pelos participantes. As manobras militares Slovak Shield 2016 tinham como meta defender a integridade territorial de um dos aliados da OTAN e se preparar para possíveis ações militares do inimigo concreto. Na opinião dele, "todos que não são a favor da democracia ocidental contemporânea e das ideias perversas do globalismo poderão se tornar inimigos".
"Nessas manobras foi gasta verba do orçamento do nosso pequeno país destinada ao Ministério da Defesa da Eslováquia, o que na realidade não traz benefício nenhum para o cidadão eslovaco", reclama Zarnovican.
Segundo ele, seria mais sensato destinar este dinheiro à logística do exército eslovaco ou simplesmente à manutenção do funcionamento das Forças Armadas do país.