O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi liderou um grupo de países e conseguiu influenciar os líderes da Alemanha, França e Reino Unido a não adotarem novas sanções contra a Rússia devido à situação na Síria na cúpula da União Europeia (UE), informou o jornal The Financial Times citando fontes diplomáticas.
Sputnik
Na noite de quinta para sexta-feira (21), os participantes da cúpula da UE aprovaram um documento final que não menciona sanções contra a Rússia por causa da Síria, embora os líderes europeus tivessem condenado as ações de Moscou e Damasco em Aleppo.
Matteo Renzi © AP Photo/ Geert Vanden Wijngaert
|
A fonte disse à The Financial Times que a discussão tornou-se "mais difícil" do que Berlim, Londres e Paris esperavam. Estes três países são os principais apoiantes de medidas duras. Segundo a fonte, os países que estavam contra a ideia foram a Espanha, Áustria, Chipre e Grécia, mas o líder do grupo foi o premiê italiano Matteo Renzi.
"Durante nove horas de negociações na cúpula da UE, o primeiro-ministro italiano alcançou êxito em retirar a proposta de novas sanções que fora introduzida antes do início da reunião", disse o jornal.
Os EUA e outros países ocidentais acusam Moscou e Damasco de bombardear civis e posições da oposição armada, mas não apresentam quaisquer provas. A Síria e a Rússia insistem que realizam ataques somente contra terroristas e acusam Washington de incapacidade de influenciar as unidades da "oposição moderada" e demarcá-las dos radicais.