Ben Hodges, general e comandante das forças norte-americanas na Europa, revelou que uma brigada de blindados pesados será instalada na Polônia em fevereiro do ano que vem e um batalhão da Força Aérea no segundo trimestre de 2017.
Sputnik
Hodges foi entrevistado pela Radio Poland e falou sobre os planos de reforçar a presença das tropas da Aliança Militar na Europa Oriental.
Soldados poloneses e norte-americanos na Polônia © REUTERS/ Kacper Pempel
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A estratégia prevê presença militar avançada reforçada (EFP, sigla em inglês) e os planos dos EUA de providenciar uma brigada de veículos blindados.
Segundo ele, a brigada acima referida virá ao porto de Bremerhaven, na Alemanha, em meados de janeiro, deslocando depois a oeste da Polônia, sendo que em meados de fevereiro a brigada inteira já estará lá. Uma parte da brigada vai atuar na Romênia e Bulgária, e outra permanecerá na Polônia (considerada por ele como local ideal para "avançar para norte e avançar para sul").
Hodges informou que um batalhão da aviação será instalado na base aérea de Powidz, no centro-oeste da Polônia.
O comandante especificou que, em abril, o batalhão EFP acima mencionado iniciará sua missão liderada pela OTAN.
Ao longo dos últimos anos, a Polônia tem apoiado a presença reforçada da OTAN na Europa Oriental. A chamada "ameaça russa" tem sido o foco da retórica hostil do país em relação à Rússia. Sob esse pretexto, o Ministério da Defesa polonês está disposto a gastar bilhões para se modernizar em termos militares.
Ainda em abril deste ano, o ministro das Relações Exteriores polonês, Witold Waszczykowski, declarou que a Rússia é uma "ameaça existente" para a Polônia.
Em resposta, a Rússia reiterou várias vezes que essa ameaça é uma ilusão, sendo que Moscou não pretende invadir a Polônia. O analista político russo, Vadim Trukhachev, informou ao jornal online Svobodnaya Pressa que os políticos polacos "são russófobos e possuem imaginação deformada, fazendo com que eles encontrem ameaça russa por toda a parte".
Durante a cúpula da OTAN, em Varsóvia, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, anunciou que a Aliança Militar pretende fortalecer o flanco oriental na Polônia e nos países bálticos com quatro batalhões adicionais em 2017. Em resposta, a Rússia anunciou a criação de três novas divisões, com 10 mil soldados cada, que serão deslocadas ao longo da fronteira oeste da Rússia.