A cidade de Mossul, um dos últimos bastiões do Daesh (Estado Islâmico) no Iraque, "pertence à Turquia a partir de um ponto de vista histórico", disse neste sábado (22) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, segundo informa o jornal Hurriyet.
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"Algumas pessoas ignorantes vêm e dizem: 'O que você poderia ter com relação ao Iraque?' Essas geografias de que falamos hoje fazem parte da nossa alma", disse Erdogan em um discurso citado pela Reuters, acrescentando que, "mesmo que pese sobre os nossos corações, respeitamos as fronteiras geográficas de todos os países".
Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia © AFP 2016/ ADEM ALTAN / AFP
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Enquanto isso, relatou-se que Bagdá e Ancara haviam chegado a um entendimento preliminar na sexta-feira (21) sobre a participação da Turquia na ofensiva para retomar Mossul, de acordo com anúncio do chefe do Pentágono, Ashton Carter. Porém, o adido de imprensa do governo iraquiano Saad al-Khudaisi desmentiu essas informações e comunicou à Sputnik Internacional que nenhum entendimento foi alcançado a esse respeito.
No início da semana, o exército iraquiano e as milícias pró-governamentais iniciaram uma ofensiva para libertar a cidade com o apoio da Força Aérea da coalizão antiterrorista liderada pelos Estados Unidos. Segundo a mídia local, cerca de 30 mil soldados iraquianos e 4 mil efetivos das unidades peshmerga participam da operação.
Mossul já foi parte do Império Otomano e, hoje, é a segunda maior cidade do Iraque, com uma população de mais de 1,3 milhão de pessoas. Ela foi tomada pelos jihadistas do Daesh em junho de 2014.