A França apresentou proposta de lançar uma ofensiva contra a cidade de Raqqa, considerada baluarte do Daesh na Síria.
Sputnik
É evidente que na operação, que tem por objetivo libertar Raqqa, o Ocidente planeja usar combatentes curdos que ocuparam a estrada entre Raqqa e Mossul, fechando a principal rota dos militantes entre as duas cidades controladas pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia).
Militar turco na fronteira com a Síria © AFP 2016/ BULENT KILIC
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O Ocidente aposta nas unidades das forças de autodefesa curdas na luta contra o Daesh. Sendo assim, Ancara está pensando seriamente em se juntar a Moscou e Damasco na coordenação das ações. Em entrevista à Sputnik Turquia, Haldun Solmazturk, ex-chefe da Direção para Segurança Internacional do Estado-Maior das Forças Armadas turcas, informou que os EUA estão prestando apoio militar técnico, material e psicológico às unidades das forças de autodefesa curdas.
Solmazturk é também presidente do Instituto "Turquia no século XXI" e cientista-chefe do Departamento de Segurança Internacional do Instituto Real de Relações Internacionais, general de brigada aposentado da Infantaria do exército turco.
Segundo ele, "uma aliança político-militar se formou entre os militares americanos e combatentes curdos. É evidente que durante a operação, que visa libertar e ocupar Raqqa, os EUA usarão as forças curdas em primeiro lugar". O especialista destaca que a Turquia se opõe ao uso destas unidades, mas EUA rejeitam todas as reclamações turcas a esse respeito. "Os receios turcos são claros. Ancara não quer que uma autonomia federativa curda surja na Síria, imagine um estado curdo independente", aponta Solmazturk.