Os EUA não ficaram contentes por a Rússia ter expandido sua cooperação militar até Teerã permitir que Moscou enviasse seus bombardeiros para missões antiterroristas na Síria a partir do aeródromo de Hamadã, um passo sem precedente para o Irã.
Sputnik
"Washington descreveu a colocação como 'infeliz'. É provável que os EUA tivessem o direito de usar a base antes da Revolução Islâmica de 1979", disse a publicação alemã Stuttgarter Zeitung.
Tupolev Tu-22 M3 Backfire na base aérea de Hamadã © AP Photo/ WarfareWW |
Em 15 de agosto, um número desconhecido de bombardeiros de longo alcance Tu-22M3 e Su-34 partiu do aeródromo de Mozdok, na Ossétia do Norte, e aterrissou na base aérea de Hamadã.
Os bombardeiros russos instalados no Irã realizaram nesta semana alguns ataques intensos contra o Daesh e a Frente al-Nusra na Síria. Os Tu-22M3 e Su-34 eliminaram posições, armazéns e equipamentos terroristas nas províncias sírias de Deir ez-Zor, Aleppo e Idlib.
O diário alemão acrescentou que a operação antiterrorista russa é um passo intermediário a caminho de atingir o objetivo maior de estabelecer uma presença naval no mar Mediterrâneo e no golfo Pérsico.
"No médio prazo, Moscou quer criar um contrapeso para a Sexta Frota dos EUA, que domina o leste do mar Mediterrâneo. No longo prazo, a Rússia também planeja cobrir o golfo Pérsico, onde está baseada a Quinta Frota dos EUA".