Agência Força Aérea | DefesaNet
Mais de 50 militares do Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) estão no Rio de Janeiro para participar da defesa aérea durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A unidade, sediada na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, opera aeronaves remotamente pilotadas (RPA).
Para a missão Rio 2016 serão utilizados os RPA de modelo Hermes 450, que tem capacidade para voar diurna e noturnamente e podem fazer revezamento em voo, o que permite que o esquadrão mantenha a vigilância 24 horas por dia. Eles são responsáveis pelo reconhecimento aéreo. Para isso, os operadores estudaram a geografia e os aspectos populacionais, entre outros, dos pontos de interesse.
"Nós temos condições de detectar qualquer movimentação estranha, como atitudes, objetos suspeitos, manifestações que possam atrapalhar algum comboio", explica o Capitão Aviador David Inácio Gurgel de Oliveira Junior.
O trabalho é realizado em conjunto com o Exército Brasileiro, por meio da Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA). Assim, as alterações, transmitidas em tempo real pelas aeronaves, servem como base para o acionamento das equipes de segurança em terra.
A operação das aeronaves do Hórus é feita a partir de shelters. Embora os pilotos de ARP não estejam sujeitos às condições físicas de um voo usual, eles acreditam que as missões exijam mais mentalmente. "Os sistemas e procedimentos de controle de tráfego, por exemplo, são os mesmos. Mas, nesse tipo de pilotagem nós temos menos consciência situacional e perspectiva, não sabemos tudo que está ocorrendo à volta do avião", diz um dos operadores.
"Participar da defesa aérea na Olimpíada é uma responsabilidade muito grande, por ser um evento de abrangência mundial. Mas estamos preparados para assessorar da melhor maneira", completa o militar.