Forças Armadas do Sul acreditam que míssil falhou na fase inicial de voo.
Vizinho condenou de forma 'contundente' o que chamou de 'provocação'.
Do G1, da EFE e da France Presse
A Coreia do Norte lançou neste sábado (9) um míssil balístico de um submarino (SLBM) no Mar do Leste, mas o lançamento falhou na primeira parte do voo, informaram autoridades militares da Coreia do Sul.
Lançamento do míssil submarino | KCNA/Reuters |
O lançamento ocorreu nas águas do litoral sudeste da cidade norte-coreana de Sinpo, às 11h30 (do horário local, 22h30 de sexta em Brasília), anunciaram as Forças Armadas do país vizinho.
"O lançamento do míssil balístico por um submarino aconteceu com normalidade, mas consideramos que houve uma falha na fase inicial do voo", afirmou o Exército sul-coreano em uma nota divulgada à imprensa.
O país condenou de forma "contundente" o que chamou de "provocação" por parte do vizinho do Norte. O lançamento ocorre um dia após Washington e Seul anunciarem acordo para a instalação de um escudo antimísseis na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte já havia testado um míssil balístico de um submarino em abril, em um tiro saudado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-Un, como um "sucesso revelador" da capacidade de Pyongyang de atingir Seul e Washington quando quiser.
A Coreia do Sul acredita que este primeiro teste fracassou.
Fontes militares citadas pela agência de notícias "Yonhap" afirmam que o SLBM lançado hoje explodiu a 10 quilômetros de altitude, após ter sido disparado a partir de um submarino submergido tipo Sinpo, de 2 mil toneladas.
Essas mesmas fontes consideraram que, apesar de não ter concluído com êxito o teste, a Coreia do Norte conseguiu progressos na parte inicial do lançamento submarino. Seul acredita que as forças armadas vizinhas podem lançar mísseis balísticos de submarinos em três anos.
Este novo teste de mísseis acontece após os Estados Unidos impor sanções diretas sobre o líder norte-coreano Kim Jong-un e outros ocupantes de altos cargos do regime, por suas violações dos direitos humanos. A Coreia do Norte chamou o ato de "declaração de guerra".
Várias resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de desenvolver testes de mísseis balísticos devido ao seu atual programa de testes de armas nucleares.