Dois anos após a reunificação da Crimeia com a Rússia, a OTAN se diz disposta a “reiniciar” relações com Moscou com o objetivo de evitar “incidentes perigosos” e para “manter uma chance de diálogo político.”
Sputnik
“Discutimos recentemente nossa relação com a Rússia, e concordamos em uma postura dupla: defesa e dissuasão e diálogo político”, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, recentemente.
Tropas da OTAN na Polônia © AFP 2016/ JANEK SKARZYNSKI |
Entretanto, os planos da OTAN de posicionar quatro batalhões militares nos países bálticos e na Polônia não foram vistos com muito entusiamo por Moscou, afirmou a revista alemã Der Spiegel.
“Para a Rússia, o fortalecimento militar no leste europeu é uma provocação. O Presidente Vladimir Putin não se cansará de culpar a OTAN por ‘agressão deliberada’ e não cumprir acordos com a Rússia, em meio à planejada presença militar nos países bálticos e na Polônia”, diz o artigo.
Em resposta às atividades da OTAN, Moscou anunciou a possibilidade de aumentar suas tropas nas fronteiras ocidentais. A Rússia vai levar em consideração a nova configuração das forças da OTAN e agir de acordo com os novos riscos de segurança consequentes da nova situação, disse o enviado russo para a OTAN, Alexander Grushko.
“É nesta situação tensa que um diálogo com Moscou vai acontecer”, diz a revista.