As Forças Armadas da Turquia estão aumentando o seu potencial bélico na fronteira com a Síria. Em particular, o exército turco deslocou para a cidade de Kilis novos lançadores múltiplos de foguetes, capazes de produzir até quarenta disparos em oitenta segundos, informou a agência Anadolu.
Sputnik
De acordo com uma fonte militar da agência, a Turquia enviou para a base militar da 5ª Brigada blindada na província de Gaziantep, no sudeste do país, 13 caminhões com equipamentos militares, para reforçar as tropas do seu exército na fronteira com a Síria.
HIMARS © Foto: Wikipedia/Glenn Fawcett |
Nesta segunda-feira (25), a mídia turca, citado fontes militares, informou sobre o deslocamento de tropas adicionais para a região de Kilis. Como resultado de um ataque das Forças Armadas da Turquia contra a Síria a partir de território turco, foram eliminados oito militantes do Daesh e destruído um lançador de mísseis dos terroristas.
Mais tarde, a mídia turca informou que Ancara e Washington concordaram em colocar em maio sistemas de lançadores múltiplos de foguetes HIMARS (na sigla em inglês) na fronteira com a Síria.
"Nossa artilharia tem um alcance máximo de quarenta quilômetros, enquanto a dos EUA — noventa. O nosso principal objetivo é eliminar todos os militantes do Daesh em um raio de 98 quilômetros da nossa fronteira e criar uma zona de segurança", disse aos jornalistas o ministro das Relações Exteriores da Turquia Mevlut Cavusoglu, acrescentando que a ajuda os Estados Unidos irá reforçar a resposta ao Daesh.
De acordo com a emissora Haberturk, os sistemas de lançadores múltiplos de foguetes serão colocados na fronteira com a Síria em maio.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a se fortalecer até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.