Os países ocidentais não prestaram à Rússia os dados de inteligência sobre as posições de terroristas em troca dos mapas russos que lhes foram entregues, disse nesta quinta-feira (11) o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia major-general Igor Konashenkov.
Sputnik
“Lembro que, desde o início da nossa operação, nós apelamos várias vezes abertamente aos representantes dos EUA e países europeus para trocar informação sobre os locais de presença de terroristas na Síria. Eles aceitaram os nossos mapas com gratidão. Depois disso, fecharam-se em copas. Mas hoje eles criticam-nos por nós voarmos em lugares errados e bombardearmos os locais errados. Será que é preciso enviar novos mapas?”, disse ele a jornalistas.
© Foto: Ministério da Defesa da Rússia |
Segundo as palavras de Konashenkov, o Ministério da Defesa reparou ainda alguns meses atrás a seguinte tendência: quanto mais a aviação russa destrói terroristas, tanto mais é acusada de os ataques não serem necessários.
“Se lermos as matérias da mídia ocidental, parece que nas cidades não controladas pelo governo sírio vivem só representantes da oposição secular e defensores dos direitos humanos. E por todos os lados floresce a ‘democracia’. Ora, por mais que embelezem, ou melhor, por mais que alimentem os terroristas, eles não se transformarão em opositores seculares”, concluiu o representante do departamento militar.
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. O governo do país luta contra um número de facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra.
A Rússia realiza desde 30 de setembro de 2015, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, uma campanha militar para ajudar o governo da Síria a combater os avanços de grupos terroristas atuantes no país. As missões aéreas antiterroristas estão sendo realizadas a partir da base de Hmeymim no oeste da Síria, na província de Latakia.
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