O hospital da organização atingida por foguetes nesta segunda-feira (15) na província no norte da Síria Idlib era uma filial do serviço de inteligência francesa, informou o representante permanente da Síria na ONU, Bashar Jaafari.
Sputnik
Segundo o diplomata, os representantes da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), ao instalar o hospital, "não realizaram consultas com o governo sírio e não agiram com a permissão do governo da Síria".
Hospital do MSF bombardeado na Síria © AFP 2016 |
Conforme foi divulgado logo após o ataque, das 54 pessoas que trabalhavam no hospital no momento, sete morreram e oito estão desaparecidas.
Nas suas declarações aos jornalistas, Jaafari divulgou:
"O assim chamado hospital foi substituído sem quaisquer consultas prévias com o governo sírio, pela chamada rede francesa Médicos Sem Fronteiras, que é uma filial da inteligência francesa no território da Síria."
Primeiramente, a MSF declarou que não tinha ideia de quem teria estado por trás do bombardeio mas, depois, representantes da organização declararam que o ataque contra o hospital foi organizada por tropas leais ao presidente sírio Bashar Assad.
Ao mesmo tempo, o premiê turco Ahmet Davutoglu não tardou em atribuir a responsabilidade à Rússia.
O embaixador sírio em Moscou, Riad Haddad, disse que o ataque foi realizado pela Força Aérea dos EUA. O conselheiro do presidente dos Estados Unidos para a Segurança Nacional, Susan Rice, sublinhou que a Casa Branca condena os bombardeios de hospitais na Síria, mas não está pronta a dizer com certeza quem esteve por trás disso.
O Ministério da Defesa da Rússia negou as acusações da Turquia sobre o seu alegado envolvimento no ataque.
"Digo já que na Frota do Cáspio não há nenhum navio que possa realizar tais lançamentos de mísseis balísticos", declarou o representante oficial do ministério Igor Konashenkov.
Este já não é o primeiro caso em que um hospital se torna alvo de ataques aéreos. Em outubro de 2015, um hospital da MSF na cidade afegã de Kunduz foi destruído pela coalizão internacional liderada pelos EUA, matando pelo menos 30 pessoas. O chefe das Forças Armadas americanas no Afeganistão John Campbell admitiu a culpa, sublinhando que foi cometido "um erro".