ONU divulgava 250 mil mortos até parar de coletar dados, há 18 meses.
'The Guardian' divulgou dados do Centro Sírio para Pesquisa Política.
Reuters
Em cinco anos de guerra civil, 400 mil sírios foram mortos no conflito e outros 70 mil pereceram devido à falta de água e cuidados médicos, informou nesta quinta-feira (11) o jornal britânico "The Guardian" que divulgou com exclusividade dados do Centro Sírio para Pesquisa Política.
Fumaça escura ganha o céu sobre o distrito de El Edaa, na cidade síria de Aleppo, após um bombardeio feito por um jato da Força Aérea Síria, em combate contra rebeldes que tentam tomar a cidade. (Foto: Youssef Boudlal/Reuters) |
A estatística é muito maior do que a de 250 mil mortos usada pela ONU até parar de coletar dados, há 18 meses, de acordo com o jornal.
Com os feridos no conflito, o número de atingidos chega a mais de 11% da população, disse o jornal.
Segundo números do centro, cerca de 400 mil mortes ocorreram diretamente devido à violência, enquanto 70 mil pessoas morreram por não ter acesso a tratamento adequado, medicamentos, água limpa ou abrigo.
O número de feridos chega a 1,9 milhão de pessoas. A expectativa de vida no país caiu de 70 anos em 2010 para 55,4 em 2015. As perdas na economia são estimadas em 255 bilhões de dólares, segundo o Guardian.
Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos tenta destruir o Estado Islâmico na Síria e quer que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deixe o poder. Mas Rússia e Irã apoiam Assad e são contrários aos opositores dele, que recebem apoio do Ocidente e de aliados árabes, como a Arábia Saudita.