No meio do avanço do exército governamental da Síria na província de Aleppo, as tropas das Forças Democráticas da Síria, que incluem as Unidades de Proteção Popular curdas (YPG) realizam operações bem-sucedidas na área de Azaz e Afrin.
Sputnik
Abdo Ibrahim, ministro da Defesa do distrito curdo de Afrin, no norte da Síria, revelou em uma entrevista à Sputnik os detalhes do avanço das Forças Democráticas da Síria, sublinhando que muitas aldeias e povoações na área foram liberadas, desalojando os terroristas da Frente al-Nusra e Ahrar al-Sham. Segundo Ibrahim, as tropas estão prontas a realizar uma operação de liberação de Azaz se a população local manifestar tal desejo.
Abdo Ibrahim, ministro da defesa do distrito curdo de Afrin © Sputnik/ Hikmet Durgun |
O militar também destacou os sucessos do avanço das tropas leais ao presidente Bashar Assad, apoiadas pela aviação russa:
“O exército avança em direção à fronteira turca, conseguiu romper o cerco da povoação de Zahraa, nos arredores de Aleppo. Os aviões militares russos neste momento realizam bombardeios em massa contra as posições da Frente al-Nusra e Ahrar al-Sham na área de Azaz”.
Segundo o ministro, por causa das hostilidades em Aleppo e nos seus arredores milhares de civis fugiram para o distrito de Afrin:
“Aceitamos um número de refugiados que as nossas possibilidades nos permitem. Muitos deles tiveram que buscar asilo aqui depois de a Turquia se recusar a aceitar os sírios concentrados perto da sua fronteira”.
Um outro interlocutor da Sputnik, o representante oficial do comando do YPG no distrito de Afrin, Fırat Xelil, disse que unidades das Forças Democráticas da Síria conseguiram libertar a base aérea de Menagh, no norte de Aleppo, expulsando os militantes da Frente al-Nusra:
"Na área do aeródromo militar ainda há combates. A base de Menagh é uma importante estrutura estratégica… "
As Forças Democráticas da Síria estão a 6 km do centro de Azaz ", acrescentou Khalil.
Fırat Xelil também comentou as acusações de Ancara contra o YPG:
“A Turquia está a seguir uma política dirigida contra o Rojava (norte da Síria, região curda). A Turquia procura apresentar os curdos aos olhos da opinião pública mundial como terroristas. Rejeitamos completamente as acusações da Turquia em relação a nós. Os destacamentos da autodefesa curda não fazem parte do PKK ".
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. O governo do país luta contra um número de facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra.