O governador da província síria de Latakia - a que sedia a base aérea de Hmeymim, casa temporária dos aviões russos participantes da campanha antiterrorista - falou perante os soldados novatos.
Sputnik
O governador, que se chama Ibrahim Khodr al-Salem, destacou o papel da Força Aeroespacial da Federação da Rússia, que ajuda o exército sírio a combater os grupos terroristas Daesh (também conhecido como "Estado Islâmico") e Frente al-Nusra. A aviação russa chegou lá em 30 de setembro, após Damasco (capital) pedir ajuda neste combate.
Soldados sírios em Latakia © Sputnik/ Mikhail Alayeddin |
Al-Salem fez o seu discurso na presença de mais de 500 soldados que iam prestar juramento.
O exército sírio tem mostrado importantes êxitos no início do ano em curso. Desde o início da operação conjunta, a mídia local e várias testemunhas informam da libertação de várias cidades e regiões que tinham permanecido nas mãos dos terroristas.
Entre elas, há a província de Deir ez-Zor, parcialmente ocupada pelos terroristas. Em finais de janeiro, o exército lançou uma ofensiva para libertar esta cidade, conseguindo afugentar os terroristas do aeroporto e de várias zonas da capital homônima.
"Estas vitórias são uma prova do bom trabalho conjunto do exército da Síria e do grupo da Força Aeroespacial da Rússia. Elas demonstram que o nosso povo sustém firme a sua terra e nunca a dará para os terroristas a destruírem", frisou al-Salem.
As Forças Armadas do governo cooperam com as forças de autodefesa, que se formam em cada província do país. Os soldados recém recrutados, voluntários, irão prestar juramento e depois começar a sua tarefa principal — guardar os municípios libertados de novos ataques.
"Estas forças adicionais irão agir em coordenação com o nosso exército. Elas não irão estar na linha da frente, mas se for necessário, elas também serão deslocadas para a frente de batalha", disse o governador al-Salem, assegurando que os voluntários terão conservados os seus cargos de trabalho da vida civil com cerca da metade do salário e pagamentos regulares às suas famílias.
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. Em 2014, o grupo terrorista Daesh proclamou, desde a cidade de Raqqa, um "califado mundial", agravando ainda a situação.